Economia

Produção de veículos cresce 5,5% em março e 2% no 1º trimestre

Avanço se deu sobre março de 2020 e ante os três primeiros meses também do ano passado; vendas no trimestre, no entanto, recuaram

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Produção de veículos - O Brasil produziu 200,3 mil  veículos em março, crescimento de 5,5% em relação a março de 2021, informou, nesta quarta-feira, a  Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No ano de 2021, até março,  a produção avançou 2%, com 597,8 mil unidades, puxadas ante 585,9 mil veículos no primeiro trimestre de 2020. Março foi o melhor mês para a produção em 2021 e se deveu à produção de caminhões e comerciais leves. A produção de caminhões cresceu 48,4% em março deste ano ante igual mês de 2021.

Produção de veículos

Apesar de 2021 registrar um crescimento na produção, as vendas no ano recuaram 5,4%. Quando comparadas ao último trimestre de 2020, os números preocupam: a queda nas vendas chegaram a 23%. Segundo a Anfavea, o resultado deste primeiro trimestre mostrou que o mercado, que vinha apresentando recuperação nas vendas desde a metade de 2020, colocou o pé no freio agora. Tradicionalmente, diz a Associação, a queda nesse período não passava dos 15% todo ano.

Vendas externas foram destaque no trimestre (foto: agência brasil)

 

Exportações ganham espaço

No primeiro trimestre, o destaque foram as exportações, que somaram 95,8 mil unidades, volume 7,6% acima dos embarques feitos entre janeiro de março de 2020. Ouro ponto positivo, segundo a Anfavea está nos estoques. Apesar das vendas 5,4% em 2021, os estoques nas fábricas e nas concessionárias se mantém estável, porém em patamar baixo, de 101,1 mil unidades.

Outro ponto de destaque se refere aos números de emprego do setor. Apesar da pandemia,  o nível de empregos diretos no primeiro trimestre do ano se manteve praticamente estável, com 104,7 mil postos entre as montadoras de auto veículos. As demissões no período somaram 2,3 mil, que representaram 2,15 dos colaboradores.

Para o segundo trimestre, a expectativa ainda não e das melhores para o setor, na avaliação do presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Pesam sobre qualquer prognóstico a situação alarmante da pandemia no Brasil, segundo o executivo, que só deve melhor com a vacinação mais acelerada; os problemas políticos, que abrem espaço para uma deterioração dos fundamentos econômicos; e a falta de componentes eletrônicos, devido à pandemia e que afetou a importação.

Desemprego na pandemia: quase 9 milhões perderam o emprego

Última modificação em 26/07/2022 16:39

Roseli Lopes

Jornalista com foco em Economia, com passagens pelo jornal O Estado de S. Paulo, Agência Estado, Diário do Comércio e Thomson Financial

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