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Qual é o champagne da Fórmula 1 e origem da tradição

Champagne da fórmula 1 é de marca italiana

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Os torcedores e amantes da Fórmula 1 podem até desconhecer a origem da tradição, mas que é praxe estourar o champagne no pódio da Fórmula 1 é. E todo mundo conhece esse legado. Porém, desde quando isso ocorre? Qual é o champagne da Fórmula 1? Veja algumas curiosidades que envolvem a famosa tradição e desde quando a prática foi adotada.

Qual é o champagne da fórmula 1?

De acordo com a Forbes, desde 2021 a produtora de espumante Ferrari Trento entrega o champagne da Fórmula 1. Apesar do nome se assemelhar a marca automotiva Ferrari, o nome do bebida não tem a mesma origem da italiana de carros. A bebida foi batizada assim graças a seu criador, Giulio Ferrari.

O italiano decidiu fazer espumante na Áustria e na Itália utilizando um método especial, essencialmente o mesmo que o tradicional método Champenoise (Champagne) fazia, com o vinho sendo envelhecido por quatro a cinco anos.

Em 1952, o italiano Giulia Ferrari passou a produção para as mãos de Bruno Lunelli, proprietário de uma loja de vinhos no Trento, que manteve o elevado padrão de qualidade do produto.

O champagne da Fórmula 1 é produzido com a uva Chardonnay, da região de Trentino-Alto Ádige, na Itália. A fermentação alcoólica acontece em cubas de aço inoxidável, sob temperatura controlada e o sabor final da bebida é bem característico.

Antes de 2021, o champagne da Fórmula 1 era o Carbon champagne. Todas as garrafas deste produtor eram de fibra de carbono, material frequentemente utilizado na construção de automóveis e em outros tipos de veículos.

A troca da marca de champagne da Fórmula 1 oficial aconteceu depois que a Ferrari venceu a disputa com os antigos produtores de champagne. Pelos próximos três anos, assim, todas as vitórias serão celebradas com o Champagne Ferrari Trento.

Assim, hoje, o modelo do champagne da Fórmula 1 oficial é o blanc-de-blanc 100% Chardonnay, apresentado em uma garrafa de três litros ou em uma garrafa Jeroboam.

Veja a próxima corrida da Fórmula 1 

Champagne da fórmula 1 é de marca italiana - foto: divulgação/ferrari trento/f1

Tradição do champagne da Fórmula 1

A tradição de comemorar estourando um champagne no pódio da Fórmula 1 há mais de 70 anos. O primeiro piloto a receber um champagne da Fórmula 1 no pódio foi o argentino Juan Manuel Fangio, quando ganhou o Grande Prêmio da França, em 1950. Nesse momento, a corrida estava sendo sediada em Reims, localizada na região de Champagne, na França.

Depois da corrida que levou a vitória ao argentino, os franceses herdeiros da marca Maison Moet & Chandon, Paul-Chandon Moët e Fréderic Chandon de Briailles, premiaram o vencedor com a garrafa. O momento fez história e, a partir dessa data, todos os vencedores da prova de automobilismo passaram a ser premiados com a bebida. Nessa época, não havia a tradição de estourar o champagne.

O outro marco da tradição foi em 1966, durante a cerimônia das 24 Horas de Le Mans, também realizada na França. Os destaques da competição foram Bruce McLaren, Chris Amon, Ken Miles e Denny Hulme. Porém, quem teve maior visibilidade na hora da premiação foi o suíço Jo Siffert, que acabou em quarta colocação geral e vencera na classe 2.0, junto com o britânico Colin Davis.

Jo Siffert estava tão animado com a vitória que abraçou a garrafa de champagne da Fórmula 1 que recebeu. A rolha, por acaso, estourou e a bebida acabou dando um banho em todos que estavam no local. O simples acaso deu vida a maior das tradições da Fórmula 1.

Quem são os maiores vencedores da Fórmula 1?

Poucos corredores tem a chance de comemorar a vitória no pódio, com o champagne da Fórmula 1. Mas, aqueles que conseguem o êxito fica marcado na história. Schumacher é um dos nomes mais emblemáticos do esporte mundialmente, e com certeza faz parte da lista dos maiores vencedores. Porém, não está em primeiro nesse ranking.

1º Lewis Hamilton

O piloto com maior vitórias na Fórmula 1 é Lewis Hamilton. Ele foi sete vezes campeão do Mundo na modalidade (2008, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020) e considerado um dos maiores do esporte de todos os tempos.

Ao todo foram 103 títulos, o que o fez ultrapassar Shumacher no ranking de maiores vencedores. Tal triunfo foi conquistado em 2020, após vencer o Grande Prêmio de Portugal.

2º Michael Schumacher

O alemão Michael Schumacher está na segunda posição do ranking, com 91 vitórias ao todo. O automobilista também foi sete vezes campeão da Fórmula 1 mundial (principal categoria), e junta à sua história incríveis recordes, entre elas a da volta mais rápida.

Infelizmente, após deixas as pistas, o piloto sofreu um acidente. Em 2013, enquanto esquiva, Shumacher bateu a cabeça em uma pedra e, mesmo estando de capacete, entrou em coma. Em 2022, o pilota ainda se encontra em coma, tentando se recuperar do acidente sofrido.

3º Sebastian Vettel

O alemão Sebastian Vettel é quem ocupa a terceira posição do ranking de maiores vencedores da Fórmula 1. O automobilista possui quatro títulos mundiais (de 2010 a 2013), além de três vice-campeonatos (2009,2017 e 2018). Ao todo, o piloto acumula 53 triunfos.

Vettel começou no automobilismo aos sete anos de idade, pilotando kart. Cresceu cultivando a paixão. Desde 2021, o piloto faz parte da equipe de Aston Martin e no mesmo ano conquistou o primeiro pódio para a equipe na Fórmula 1.

4º Alain Prost

O ex-automobilista francês Alain Prost é quem ocupa a quarta colocação entre os maiores pilotos da Fórmula 1. Ele conquistou 51 prêmios e antes de 2001 era o primeiro nome da lista. Shumacher, no entanto, ultrapassou suas vitórias nesse ano.

Em boa parte de sua carreira, Alain Prost teve rivalidade com o brasileiro Ayrton Senna. Em 1988, ambos se tornaram companheiros de equipe na McLaren e sempre estiveram competindo acirradamente.

5º Ayrton Senna

Ayrton senna foi o piloto de fórmula 1 brasileiro mais famoso. Foto: reprodução/ayrtsonsenna. Com. Br/angelo orsi

 

Ayrton Senna é o maior nome do automobilismo brasileiro. Na lista dos maiores pilotos da Fórmula 1 está em quinto lugar, com 41 títulos.

O piloto foi campeão da categoria três vezes (1988, 1990 e 1991), mas, infelizmente, faleceu cedo. Aos 34 anos, durante a 3º corrida da temporada do GP de San Marino, em Ímola, Senna sofreu um acidente que ocasionou a sua morte.

Na ocasião, Senna fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Shumacher. Na sua última volta, ele entrou em uma curva e perdeu o controle do carro. Com a direção quebrada, acabou chocando-se violentamente contra o muro. O carro estava destruído e, poucas horas após ser atendido pela equipe médica, Senna foi dado como morto.

Última modificação em 26/03/2023 14:42

Manuela Cavalcanti

Jornalista de formação. Trabalha na área de comunicação desde 2016, com passagem pelo Diario de Pernambuco e TV Jornal (SBT), além de experiência em marketing digital e redações publicitárias.

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