O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que a vacina russa está pronta e foi aprovada pelo Ministério da Saúde. Filha do presidente já foi vacinada.
Apesar do ceticismo internacional, o primeiro lote da vacina russa contra coronavírus já foi produzido. De acordo com o Ministério da Saúde do país, a fabricação começou no sábado (15) e as autoridades pretendem iniciar a vacinação até o final deste mês.
“O primeiro lote da nova vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo instituto de pesquisa Gamaleya foi produzido”, anunciou órgão do governo em um comunicado citado por agências de notícias russas.
Vladimir Putin afirma ainda que a vacina é segura e que uma de suas filhas foi inoculada. Contudo,os testes clínicos ainda não foram concluídos e o estágio final de testes envolvendo mais de 2.000 pessoas começou nesta semana.
Até agora, a Rússia não publicou um estudo detalhado dos resultados de seus testes para estabelecer a eficácia dos produtos.
Segundo Putin, uma autorização de desenvolvimento regulatório foi concedida pelo Ministério da Saúde da Rússia ao Instituto Nikolai Gamaleia, um centro de pesquisa estadual em epidemiologia e microbiologia localizado em Moscou.
A vacina russa foi apelidada de "Sputnik V" (V de vacina), em referência ao satélite soviético, a primeira espaçonave colocada em órbita, disse o presidente do fundo soberano russo envolvido em seu desenvolvimento, Kirill Dmitriev. “Mais de um bilhão de doses” foram encomendadas por 20 países estrangeiros, disse Dmitriev, acrescentando que a fase 3 dos testes começou na quarta-feira (12).
Esta autorização, que vem após menos de dois meses de ensaios clínicos em humanos, abre caminho para o uso em larga escala desta vacina na população russa. Porém, as fases finais dos ensaios clínicos continuam a determinar a sua segurança e eficácia.
Por sua vez, o Ministério da Saúde, afirmou que "continuariam os ensaios clínicos em milhares de pessoas", mas que a dupla inoculação da vacina "permite formar uma imunidade longa", que pode durar "dois anos".
De acordo com a vice-primeira-ministra responsável pelas questões de saúde, Tatiana Golikova, as equipes médicas receberão a primeira leva da vacina. Após os médicos, os professores também receberão a vacina.
Contudo, as autoridades disseram que têm planos de iniciar uma vacinação em massa em outubro para o restante da população.
Até o presente momento, mais de 100 vacinas em todo o mundo estão sendo desenvolvidas. Algumas delas inclusive já estão sendo testadas ensaios clínicos conduzidos com humanos.
No entanto, apesar do rápido progresso, a maioria dos especialistas acredita que as vacinas não estarão amplamente disponíveis até meados de 2021.
Última modificação em 29/07/2022 10:44
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