Saúde

Qual a melhor vacina para covid-19? Veja as comparações

Coronavac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen, qual a é melhor?

Coronavac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen, entre os imunizantes usados no Brasil, qual a melhor vacina para covid-19? De início, é necessário frisar que não existe, de maneira geral, uma vacina “melhor” contra a covid-19, causada pelo novo coronavírus.

O que pode acontecer e o que vamos te explicar aqui é que determinados imunizantes, por algumas especificidades, podem ser mais indicados para certos grupos de pessoas, de forma a garantir a maior segurança e eficácia possível na imunização nacional.

Os benefícios da vacinação não são atingidos individualmente, de acordo com a preferência de uma pessoa por um ou outro imunizante, mas de forma coletiva.

Quanto mais pessoas vacinadas, independentemente da marca ou origem da vacina, menor será a circulação do vírus.

Além disso, todos os imunizantes podem causar reações adversas e não têm a capacidade de bloquear com absoluta eficácia a manifestação da doença. Seu objetivo é diminuir essa incidência e evitar que passe para um estado grave.

Portanto, em uma realidade de escassez de vacinas no mundo, a melhor vacina é aquela que se encontra disponível em sua região, de forma segura (sem riscos à saúde) e eficaz (garantindo proteção imunológica), tendo em mente as especificidades das medicações utilizadas no PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde, a seguir apontadas.

Coronavac - Qual a melhor vacina para covid-19

(foto: divulgação/gov de sp)

Sim, a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o instituto Butantan, é segura e eficaz, tendo seu uso regularmente aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em caráter emergencial.

Em relação à segurança, de acordo com a bula da medicação, a Coronavac é indicada para indivíduos com 18 anos ou mais que sejam suscetíveis ao vírus.

Também se alerta que não há resultados de estudos conduzidos com a vacina na população pediátrica, nem em gestantes e lactantes, embora estudos em animais não tenham demonstrado risco fetal.

Atualmente, o Ministério da Saúde utiliza a Coronavac para a imunização de grávidas e puérperas.

Sobre a eficácia, o Butantan divulgou que a Coronavac garante 78% de proteção contra casos de covid-19 leve que exigem atendimento hospitalar e 100% para evitar casos graves, internações e mortes pela doença.

A eficácia geral da vacina, sem levar em conta os graus da doença, é de 50,7% com 14 dias de intervalo entre as duas doses, mais do que os 50,38% divulgados no início do ano de 2021, com base nos dados iniciais do estudo clínico de fase 3.

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Vacinar da Astrazeneca

Foto: pixabay

A vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, com transferência da tecnologia à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), é indicada para a imunização de indivíduos a partir de 18 anos de idade para a prevenção da doença do coronavírus 2019, conforme bula.

Não há dados atualmente disponíveis sobre o uso da vacina em crianças e adolescentes menores que 18 anos de idade e não se indica o uso por mulheres grávidas.

Alguns eventos adversos, incluindo óbitos, foram comunicados às autoridades de saúde após a administração da vacina Astrazeneca em grávidas no Brasil. Por isso, foi aberta uma investigação pela Anvisa.

Durante apuração, a agência sanitária recomendou que seja seguida a bula da vacina, sem o seu uso em grávidas.

Consequentemente, o Ministério da Saúde suspendeu temporariamente a aplicação da vacina da AstraZeneca para gestantes.

Hoje, a recomendação do Ministério é que as gestantes e puérperas que tenham tomado a primeira dose da Astrazeneca aguardem o fim da gestação e do período puerpério (até 45 dias pós-parto) para completar o esquema vacinal com o mesmo imunizante.

A vacina da Astrazeneca, após estudos, apresentou eficácia geral entre 62% e 90%, após a aplicação das duas doses. Conforme bula, o intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser entre 4 e 12 semanas.

Pfizer - Qual a melhor vacina para covid-19

Efeitos colaterais da vacina pfizer: o que se sabe até agora sobre a segurança da vacina (foto: dado rudovic/reuters)

O imunizante que resultou de uma parceria entre os laboratórios Pfizer (estadunidense) e da BioNTech (alemã), geralmente nomeado de “vacina da Pfizer”, tem sido utilizada no plano vacinal brasileiro e é até preferida por alguns, em razão de ter baixa incidência de reações e alta eficácia.

Não existe, porém, vacina melhor. Esse imunizante, por exemplo, exige condições de armazenamento (em temperatura de -75ºC) que pode comprometer sua distribuição.

De fato, a eficácia geral da vacina Pfizer/BioNTech chama a atenção. Os estudos realizados entre 2020 e 2021 indicam que, após a administração das duas doses, o imunizante da Pfizer possui eficácia entre 80 e 98%.

Foi bastante divulgado no Brasil o resultado da terceira fase de testes da vacina, com o percentual de 95% de eficácia. Outras análises revelam que, mesmo com a aplicação apenas da primeira dose, a vacina da Pfizer apresenta níveis entre 50 e 60% de eficácia.

Em relação à segurança da vacina, atualmente, a bula do imunizante indica o uso em indivíduos com idade igual ou superior a 16 anos.

No entanto, a Anvisa autorizou, em 11 de junho, o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em adolescentes a partir dos 12 anos de idade no Brasil, o que levará à alteração da bula.

A vacina da Pfizer é a única autorizada pela Anvisa a ser aplicada em adolescentes a partir dos 12 anos no País.

Além disso, esse imunizante tem sido aplicado de maneira segura nas grávidas e puérperas, sem notícias de eventos adversos relacionados à aplicação.

Estudos recentes realizados em outros países confirmam a segurança da vacina da Pfizer nesse público. Por essa razão, no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, grávidas que receberam a primeira dose da Astrazeneca terão o esquema vacinal completado por uma dose da Pfizer.

Vacina da Janssen - Qual a melhor vacina para covid-19

Foto: reprodução

A vacina da Janssen (braço da Johnson & Johnson) é a única aprovada para uso no Brasil em que, com apenas uma dose, são atingidos níveis satisfatórios de eficácia. Assim, diferentemente das outras vacinas disponíveis, o imunizante é aplicado com esquema de dose única.

Sobre sua eficácia, a bula da vacina informa que, após 14 dias da administração da dose única, a taxa média de eficácia vacinal é de 66,9% para casos sintomáticos de covid-19.

Em estudos específicos, a vacina apresentou taxa de eficácia de 72% nos Estados Unidos, de 68% no Brasil e de 64% na África do Sul.

O imunizante consegue impedir o desenvolvimento de casos graves em 76,7% das pessoas vacinadas há 14 dias e em 85,4% nos vacinados há 28 dias, também conforme bula da medicação.

A vacina da Janssen utiliza a mesma forma de ação da vacina da Astrazeneca (vetor adenoviral). Por isso, no dia 2 de julho de 2021, a Anvisa informou que as duas vacinas não devem ser aplicadas em mulheres grávidas.

Em relação à idade, a bula do imunizante informa que ele é indicado para indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos.

Leia também - Tudo sobre a vacina da Janssen: veja a eficácia e reações

Última modificação em 25/07/2022 12:41

Ver Comentários

  • não se tinha nenhuma esperança de prevenção a não ser ( isolamento, distanciamento, mascara, se higienizar e álcool gel). não se pode escolher a vacina o importante e vacinar.

  • Estou muito feliz porque tomei a primeira dose da vacina coronavac e espero que todos no Brasil consigam ser vacinados.

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