As ocorrências climáticas são naturais até o momento que não ameaçam a existência de um bioma. Confira nesse texto porque você precisa se preocupar com os desastres climáticos e o que você precisa fazer no seu dia a dia para alterar esse quadro.
O desastre climático é natural? Sim e não. Sim porque as ocorrências climáticas fazem parte do ciclo da terra como as chuvas e as mudanças na maré.
Entretanto, a partir do momento que a ação do homem fomenta essas ocorrências ao ponto delas ameaçarem a existência de um bioma, que é o que ocorre agora com o pantanal, isso deixa de ser um fator de ocorrência e passar a ser uma situação de atenção.
Apesar da raça humana parecer dominante, ela é totalmente dependente das outras espécies e do equilíbrio dos biomas. A existência das abelhas por exemplo, é fundamental para a polinização das flores.
Confira, então, adiante, o que são os desastres climáticos, como nós os afetamos e o que podemos fazer para amenizar esse quadro.
Os desastres climáticos são um tipo de desastre natural. Outros fenômenos naturais podem ser da ordem geológica, biológica ou astronômica, por exemplo.
Logo, os desastres climáticos estão relacionados ao clima, como as chuvas e as secas. Um evento climático quando não afeta a população é chamado de fenômeno, porém, quando ele atinge a sociedade, ele é noticiado como desastre.
Uma ocorrência que afeta negativamente a população, por exemplo, são o El Niño e a La Nina.
O El Niño é quando a água do pacífico, ao invés de seguir a sua ordem natural e ir da América do Sul para a Oceania, faz o caminho inverso. Dessa forma, o continente sul americano fica mais quente e a costa é prejudicada pela morte de animais aquáticos, enfraquecendo a pesca.
O La Nina, por sua vez, é o contrário desse efeito. Ou seja, a água da América do Sul atinge temperaturas mais frias do que o normal. Isso, conquanto, esfria a região.
Tanto o El Niño, quanto o La Nina, são fenômenos que acontecem há anos, mas que a ciência ainda não foi capaz de explicar de maneira minuciosa. O que se sabe, entretanto, é que a ação humana aumenta a incidência dessas ocorrências.
Confira, a seguir, dados da Oxfam International, que mapeiam o crescimento dos desastres climáticos recentes. As informações indicam que esses números estão diretamente relacionados ao aumento da ações industriais e comerciais na terra.
Enfim, as ações humanas como desmatamento, poluição de mares e rios, empobrecimento dos solos e poluição atmosférica atuam diretamente no meio ambiente. A natureza, por sua vez, por causa desse desequilíbrio, reage com eventos climáticos que impactam diretamente na saúde e na segurança dos seres humanos. Confira alguns exemplos de desastre climático que ilustram esse assunto.
De acordo com o site Carbon Brief, de 125 estudos científicos que avaliam as ondas de calor ao redor do mundo, 93% concluíram que as mudanças climáticas intensificaram o aumento das temperaturas.
Já em relação as secas, 61% dos estudos publicados sobre o assunto avaliados pelo Carbon Brief estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas associadas a atividade humana.
Um efeito da seca, por exemplo, é a escassez de água no estado de São Paulo, de 2014 a 2016. A crise hídrica tinha relação direta com a má gestão do Sistema Cantareira, assim como com a ocupação de mananciais. Outra fator era o desmatamento, que influenciou na diminuição das chuvas.
Em segundo lugar, os incêndios também são considerados desastres climáticos.
O aumento das temperaturas e a seca, por exemplo, vem afetando os estado da Califórnia e de Oregon. O 'Golden State' neste ano vive a pior temporada de incêndios registrados. De acordo com o website California Daily Wildfire Update, em 2020 mais de 3 milhões de acres queimaram no estado. Isso corresponde a dez vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
"A ponte Bidwell Bar, em Oroville (Califórnia), ano passado e hoje"
"O céu está laranja na Califórnia. Meio milhão de acres estão queimando. É assim que a mudança climática se parece e a prova está na nossa frente. Isso é uma emergencia nacional. É agora ou nunca"
Já nas regiões sul do globo, podemos recordar dos incêndios na Austrália no início do ano, que têm como causas a instabilidade climática e as ondas de calor, intensificadas pela ação humana.
Agora, no Brasil, por sua vez, ocorrem os incêndios no pantanal. Até 6 de setembro, o fogo lambeu quase 16% da região, de acordo com uma análise da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Apesar de uma parte da população defender que isso é comum a área nessa época do ano, o que deve ser observado é a quantidade, e não o fenômeno em si. É isso que identifica se a ação humana prejudica o local ou não.
No caso do pantanal, além dele estar enfrentando o maior período de estiagem há 47 anos, a região em 2020 atingiu o recorde em focos de queimada, 16.201, superando em 29% o número atingido em 2005, de 12.536 focos.
Por fim, outro desastre climático que afeta diretamente a sociedade são as chuvas e as inundações.
Na Índia, que faz parte da Ásia de Monções, ocorreram em 2020 fortes inundações, marcadas pelo fenômeno atmosférico no qual há chuvas torrenciais no verão, e longos períodos de estiagem e seca no inverno.
Além das perdas significativas para os humanos, o lixo nessas situações de enchente passeiam com facilidade pela água, poluindo rios e nascentes.
Por fim, uma maneira de suavizar a ocorrência desses desastres climáticos é se os seres humanos repensarem suas atitudes e hábitos perante o planeta, antes que seja tarde demais.
E essa conta, apesar de parecer distante, está mais próxima do que imaginamos. De acordo com um relógio instalado em Nova York para marcar quando o aquecimento global se tornará irreversível, os seres humanos tem menos de oito anos para mudar de comportamento.
Segundo Gan Golan, um dos ativistas que organizou a ação, “há boas notícias. Esse número não é o zero”. Logo, cabe à sociedade se reorganizar para que possamos ter um futuro sustentável.
Última modificação em 29/07/2022 08:41
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