Sustentabilidade

3 tipos de desastres climáticos e o que você pode fazer para reverter isso

As ocorrências climáticas são naturais até o momento que não ameaçam a existência de um bioma. Confira nesse texto porque você precisa se preocupar com os desastres climáticos e o que você precisa fazer no seu dia a dia para alterar esse quadro.

O desastre climático é natural? Sim e não. Sim porque as ocorrências climáticas fazem parte do ciclo da terra como as chuvas e as mudanças na maré.

Entretanto, a partir do momento que a ação do homem fomenta essas ocorrências ao ponto delas ameaçarem a existência de um bioma, que é o que ocorre agora com o pantanal, isso deixa de ser um fator de ocorrência e passar a ser uma situação de atenção.

Apesar da raça humana parecer dominante, ela é totalmente dependente das outras espécies e do equilíbrio dos biomas. A existência das abelhas por exemplo, é fundamental para a polinização das flores.

Confira, então, adiante, o que são os desastres climáticos, como nós os afetamos e o que podemos fazer para amenizar esse quadro.

 

O que são desastres climáticos?

Os desastres climáticos são um tipo de desastre natural. Outros fenômenos naturais podem ser da ordem geológica, biológica ou astronômica, por exemplo.

Imagem: reprodução / arizona department of emergency and military affairs

Logo, os desastres climáticos estão relacionados ao clima, como as chuvas e as secas. Um evento climático quando não afeta a população é chamado de fenômeno, porém, quando ele atinge a sociedade, ele é noticiado como desastre.

Uma ocorrência que afeta negativamente a população, por exemplo, são o El Niño e a La Nina.

O El Niño é quando a água do pacífico, ao invés de seguir a sua ordem natural e ir da América do Sul para a Oceania, faz o caminho inverso. Dessa forma, o continente sul americano fica mais quente e a costa é prejudicada pela morte de animais aquáticos, enfraquecendo a pesca.

O La Nina, por sua vez, é o contrário desse efeito. Ou seja, a água da América do Sul atinge temperaturas mais frias do que o normal. Isso, conquanto, esfria a região.

Tanto o El Niño, quanto o La Nina, são fenômenos que acontecem há anos, mas que a ciência ainda não foi capaz de explicar de maneira minuciosa. O que se sabe, entretanto, é que a ação humana aumenta a incidência dessas ocorrências.

 

 

Relação entre ação humana e desastre climático

Confira,  a seguir, dados da Oxfam International, que mapeiam o crescimento dos desastres climáticos recentes. As informações indicam que esses números estão diretamente relacionados ao aumento da ações industriais e comerciais na terra.

  • O número de desastres relacionados ao clima triplicou nos últimos 30 anos.
  • Em segundo, entre 2006 e 2016, a média de elevação do nível do mar subiu 2.5 vezes mais rápido, comparado a quase todo o século XX.
  • Adiante, mapeia-se que mais de 20 milhões de pessoas vão perder as suas moradias devido às mudanças climáticas.
  • Por fim, o programa da ONU de meio ambiente estima que o preço para se adaptar e reparar as transformações causadas pelo clima custará de 140 a 300 bilhões de dólares por ano, até 2030.

 

Tipos de desastres climáticos

Imagem: reprodução / unsplash

Enfim, as ações humanas como desmatamento, poluição de mares e rios, empobrecimento dos solos e poluição atmosférica atuam diretamente no meio ambiente. A natureza, por sua vez, por causa desse desequilíbrio, reage com eventos climáticos que impactam diretamente na saúde e na segurança dos seres humanos. Confira alguns exemplos de desastre climático que ilustram esse assunto.

 

Ondas de calor e seca

De acordo com o site Carbon Brief, de 125 estudos científicos que avaliam as ondas de calor ao redor do mundo, 93% concluíram que as mudanças climáticas intensificaram o aumento das temperaturas.

Já em relação as secas, 61% dos estudos publicados sobre o assunto avaliados pelo Carbon Brief estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas associadas a atividade humana.

Um efeito da seca, por exemplo, é a escassez de água no estado de São Paulo, de 2014 a 2016. A crise hídrica tinha relação direta com a má gestão do Sistema Cantareira, assim como com a ocupação de mananciais. Outra fator era o desmatamento, que influenciou na diminuição das chuvas.

 

Incêndios

Em segundo lugar, os incêndios também são considerados desastres climáticos.

O aumento das temperaturas e a seca, por exemplo, vem afetando os estado da Califórnia e de Oregon. O 'Golden State' neste ano vive a pior temporada de incêndios registrados. De acordo com o website California Daily Wildfire Update, em 2020 mais de 3 milhões de acres queimaram no estado. Isso corresponde a dez vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.

 

"A ponte Bidwell Bar, em Oroville (Califórnia), ano passado e hoje"

"O céu está laranja na Califórnia. Meio milhão de acres estão queimando. É assim que a mudança climática se parece e a prova está na nossa frente. Isso é uma emergencia nacional. É agora ou nunca"

 

Já nas regiões sul do globo, podemos recordar dos incêndios na Austrália no início do ano, que têm como causas a instabilidade climática e as ondas de calor, intensificadas pela ação humana.

Agora, no Brasil, por sua vez, ocorrem os incêndios no pantanal. Até 6 de setembro, o fogo lambeu quase 16% da região, de acordo com uma análise da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Apesar de uma parte da população defender que isso é comum a área nessa época do ano, o que deve ser observado é a quantidade, e não o fenômeno em si. É isso que identifica se a ação humana prejudica o local ou não.

No caso do pantanal, além dele estar enfrentando o maior período de estiagem há 47 anos, a região em 2020 atingiu o recorde em focos de queimada, 16.201, superando em 29% o número atingido em 2005, de 12.536 focos.

 

 

Chuvas

Por fim, outro desastre climático que afeta diretamente a sociedade são as chuvas e as inundações.

Na Índia, que faz parte da Ásia de Monções, ocorreram em 2020 fortes inundações, marcadas pelo fenômeno atmosférico no qual há chuvas torrenciais no verão, e longos períodos de estiagem e seca no inverno.

Além das perdas significativas para os humanos, o lixo nessas situações de enchente passeiam com facilidade pela água, poluindo rios e nascentes.

 

Imagem: reprodução / unsplash

 

O que fazer para acabar com o desastre climático?

Por fim, uma maneira de suavizar a ocorrência desses desastres climáticos é se os seres humanos repensarem suas atitudes e hábitos perante o planeta, antes que seja tarde demais.

E essa conta, apesar de parecer distante, está mais próxima do que imaginamos. De acordo com um relógio instalado em Nova York para marcar quando o aquecimento global se tornará irreversível, os seres humanos tem menos de oito anos para mudar de comportamento.

Segundo Gan Golan, um dos ativistas que organizou a ação, “há boas notícias. Esse número não é o zero”. Logo, cabe à sociedade se reorganizar para que possamos ter um futuro sustentável.

 

Dicas para poluir menos

  • Primeiramente, tente comprar de produtores locais.
  • Em segundo lugar, recicle seu lixo.
  • Em terceiro, utilize transporte coletivo ou dê carona. Dessa forma, o CO2 consumido pelo carro beneficiará o maior número de indivíduos possível.
  • Por fim, substitua os materiais descartáveis como copos, sacolas e absorventes de plástico, por bens mais duráveis, como as ecobags e os absorventes de pano ou os copinhos menstruais.

Última modificação em 29/07/2022 08:41

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