Facebook aperta o cerco contra quem desrespeitar regras dentro da rede

Usar o espaço, seja individualmente ou participando de grupos e comunidades, para criar polêmica em torno de temas controversos, no campo político ou social, acarretará em bloqueio ou até exclusão

O Facebook anunciou, na quarta-feira, 17, que vai punir quem violar as diretrizes e o manual da empresa ao participar de grupos ou comunidades em sua rede social. Estão na mira da rede aqueles que usam o espaço para gerar polêmica em torno de temas controversos, seja no campo social ou político, prática que vem crescendo no mundo todo.

A empresa confirmou que começará a diminuir recomendações de participação em comunidades de cunho político e social, seguindo declaração de Tom Alison, vice-presidente de engenharia do Facebook, que disse que o principal objetivo com a medida é "baixar a temperatura" da rede.  Antes restrita aos Estados Unidos, a medida agora será aplicada globalmente.

Para diminuir o alcance dessas comunidades que não seguem as diretrizes da plataforma, o Facebook vai notificar usuários que tentam entrar em grupos que violaram regras anteriormente. "Limitaremos as notificações de convite para esses grupos, a fim de que seja menos provável que as pessoas comecem a participar deles", disse a empresa por meio de comunicado.

O conteúdo publicado em páginas que violaram as regras da comunidade passarão a ter alcance reduzido até mesmo no feed de notícias daquelas que já eram membros.

Novo funcionamento do Facebook

Segundo Tom Alison, grupos criados há pouco tempo, independentemente do tópico que abordem, terão de esperar 21 dias antes de se tornarem elegíveis para recomendação. Ou seja, aparecer para usuários de acordo com o algoritmo, sugerindo participação naquela comunidade. A mudança é uma forma de o Facebook tomar conhecimento e entender o funcionamento do grupo, e se está enquadrado nas  regras da plataforma, evitando desgaste e polêmicas antes que cresçam entre usuários.

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Reprodução / pexels

A rede social também começará a identificar os grupos com muitos usuários que violaram políticas da empresa. Ou, ainda, identificar usuários que participaram de outros grupos que foram deletados por desrespeitar as regras. Nesses casos, o Facebook irá exigir que administradores e moderadores aprovem todas as publicações feitas por todos membros.

Já os usuários que violarem as diretrizes de comunidade do Facebook de maneira recorrente serão bloqueados e não poderão interagir em quaisquer grupos da plataforma por um determinado período. Até o momento, no entanto, a rede social não deu maiores informações sobre como será feita essa análise, nem por quanto tempo o usuário ficaria bloqueado no Facebook.

Prioridade

Essas comunidades que existem no Facebook se tornaram uma prioridade da empresa de Mark Zuckerberg, em 2017, quando executivos enxergaram um potencial de grupos deixarem a plataforma mais interessante e particular para cada usuário. Entre 2019 e 2020, grupos ganharam ainda mais espaço e foram alvo de uma ampla campanha publicitária.

No entanto, durante a pandemia do novo coronavírus, o Facebook parou de recomendar grupos que falavam sobre saúde aos usuários, já que havia muitas informações incorretas circulando na rede além das fake news. Desde 2017, grupos de direitos civis criticam a plataforma acusando-a de omissão em coibir grupos políticos com atividades extremistas ao redor do mundo.

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