Mark Zuckerberg cita censura e cancela verificação de fake news; veja pronunciamento
Mark Zuckerberg diz que empresa vai ‘reduzir drasticamente a censura’ no Facebook, Instagram e Threads
A Meta vai acabar com os verificadores de fatos e recomendar mais conteúdo político em suas plataformas, incluindo Facebook, Instagram e Threads, anunciou nesta terça-feira, 7, o fundador Mark Zuckerberg. Segundo o bilionário, a manobra é para “reduzir drasticamente a quantidade de censura”.
Pronunciamento de Mark Zuckerberg
Em um vídeo postado no Facebook , Zuckerberg disse que a empresa vai voltar às suas “raízes” e se concentrar em “simplificar nossas políticas e restaurar a liberdade de expressão em nossas plataformas”.
O CEO da Meta especificou então que a empresa iria “livrar-se dos verificadores de factos” e substituí-los por “notas da comunidade semelhantes a X”, começando primeiro nos EUA.
Zuckerberg disse que as recentes eleições nos EUA pareceram “um ponto de virada cultural para, mais uma vez, priorizar a fala”.
O bilionário acrescentou que o debate sobre “danos potenciais do conteúdo online” levou a Meta a desenvolver “sistemas complexos” para moderar o conteúdo, o que levou a “muitos erros” e “muita censura”.
Zuckerberg afirmou que os verificadores de fatos implementados pelo Meta “foram muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram”.
A decisão gerou reações diversas. Joel Kaplan, chefe de assuntos globais da Meta, afirmou que a empresa foi longe demais na moderação de conteúdo, frustrando usuários e censurando conteúdos inofensivos. Por outro lado, críticos consideram a medida um retrocesso na moderação de conteúdo, especialmente em um momento em que a desinformação está em crescimento.
No Brasil, o secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, João Brant, interpretou a declaração de Zuckerberg como um ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à soberania brasileira. Brant afirmou que a Meta pretende atuar politicamente em alinhamento com o governo Trump para combater políticas de países que buscam equilibrar direitos no ambiente online.