Sindicato aponta que 90% do comércio de BH teve prejuízos em 2020

Pesquisa feita pelo Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH) com comerciantes da cidade revela resultados negativos em 2020 e faz apelo à órgãos governamentais para melhora neste ano

O Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH) divulgou hoje (07/01) pesquisa que mostra que, devido à crise da pandemia, 90% do comércio da cidade teve resultado negativo no acumulado do ano de 2020. A pesquisa foi divulgada poucas horas antes do prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciar um novo lockdown a partir de segunda-feira (11/01). 

 

Metade dos comércios de BH podem ter seus faturamentos prejudicados em 2021

Os resultados são fruto de um estudo realizado entre os dias 30 de dezembro até o dia 04 com 107 lojas do comércio da Grande BH – que representam 535 lojas de rua e em shoppings de dez segmentos. A pesquisa ainda revelou que a crise econômica gerada pela pandemia deverá afetar o faturamento de quase metade (41%) dos empreendimentos em 2021, segundo a opinião dos lojistas.

 

O presidente do Sindilojas-BH, Nadim Donato, expressou preocupação com os dados obtidos: “o resultado foi pior do que a gente esperava. Ficamos 5 meses fechados e acreditávamos que trabalhando os outros 7 meses conseguiríamos recuperar, mas houve perda em todos os meses. Complicadíssimo”, afirmou. 

 

A pesquisa alerta que das nove em cada dez empresas que relataram redução de vendas no ano, 53% informaram que os ganhos caíram entre 21% e 50%. A preocupação se eleva pois, segundo os dados, nem mesmo em dezembro, tradicional período de compras, se observou uma melhora, para a maioria dos entrevistados. Segundo o levantamento, apenas 15% dos empreendimentos consultados perceberam aumento no faturamento naquele mês.

 

Sindicato faz apelo ao município, estado e federação pelo comércio

O presidente do Sindilojas-BH relatou que os lojistas do comércio de BH buscam a revisão da legislação que permite a suspensão do contrato de trabalho e a redução da carga horária. Donato ainda fez um apelo aos empresários entrevistados, para que enviassem sugestões sobre como os governos federal, estadual e municipal poderiam ajudar na recuperação do setor neste novo ano de 2021. 

 

O presidente do Sindilojas-BH ainda falou sobre o auxílio emergencial que, para ele, independentemente do valor, representa uma injeção de dinheiro no país, capaz de permitir que “o povo continue consumindo e mantendo a economia girando”. Sobre os empresários de Minas Gerais, Nadim espera que o governo estadual invista em capital de giro, com juros baixos e prazo maior. Já sobre a cidade de Belo Horizonte, o presidente do sindicato pediu que a prefeitura isente os empresários do pagamento do IPTU referente aos meses em que as lojas ficaram fechadas.

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