brasília – Começou a campanha oficial para o plebiscito sobre a proposta de divisão do estado do Pará. No dia 11 de dezembro, os eleitores irão às urnas decidir se aprovam a criação dos estados de Carajás e Tapajós.
O deputado Giovanni Queiroz, (PDT-PA) defende a divisão. Segundo ele, já existe o precedente favorável da divisão de Goiás que deu origem ao atual estado de Tocantins. “O que queremos é aquilo que já ocorreu em outros momentos. Quando criaram o Tocantins há 33 anos, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram separados e se implantou aí um laboratório, posso dizer que todos eles tiveram um crescimento extraordinário”, afirma.
O deputado pedetista Giovanni Queiroz também questiona a viabilidade administrativa de um estado com as dimensões do Pará. “O Pará tem hoje 1.248.000 km². Como pode funcionar um governador lá na ponta norte estendendo seu braço de Estado para atender nós do sul do Pará, que ficamos às vezes a 1.200 km de distância?. Não tem bom governante que dê conta”.
Problemas regionais
Para o deputado Arnaldo Jordy, (PPS-PA), os problemas do Pará não serão resolvidos com a divisão. Segundo ele, os problemas do estado são na verdade regionais. “Eles são causados pela deformação do pacto federativo. A Amazônia e o Pará são vítimas de um modelo concentrador de renda”, defende.
“O Pará é almoxarifado do desenvolvimento alheio”, critica Arnaldo Jordy.