São Paulo – Depois da integração com a gigante da farmacologia sintética Sanofi, a norte-americana Genzyme continua firme em sua trajetória na biotecnologia. Os remédios feitos a partir de material genético continuam sendo o centro dos negócios da companhia, cuja atuação vem sendo mantida separada da linha de medicamentos sintéticos da controladora francesa.
No comando da filial desde o final de 2009, a mineira Eliana Tameirão, primeira brasileira a dirigir uma subsidiária de biotecnologia, conta com exclusividade ao DCI como a multinacional vem trabalhando no País, junto ao governo brasileiro, e fala dos planos de repassar tecnologia a laboratórios nacionais para produção local dos biotecnológicos.
Formada em Biologia, com pós-graduação em Marketing, Eliana, 45 anos, também é a única mulher no conselho diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
Com faturamento global de US$ 4,3 bilhões ao ano, a Genzyme é hoje uma das mais importantes empresas de biotecnologia do mundo e foi disputada por nove meses pela Sanofi. Desde sua fundação, em 1981, a companhia apresentou tratamentos inovadores em diversas áreas da medicina que deram nova esperança a pacientes de cerca de 100 países.