Indústria nacional mantém queda no primeiro trimestre, avalia SINAFER

SÃO PAULO – De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a indústria nacional permaneceu

SÃO PAULO - De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a indústria nacional permaneceu em declínio no primeiro trimestre de 2012. O fechamento foi negativo tanto no confronto com o mesmo período de 2011 (-3,0%), quanto no comparativo com o trimestre imediatamente anterior (-0,5%). As categorias de uso também apresentaram recuo nos três primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2011: houve perda de dinamismo nos setores de bens de consumo duráveis (-11,6%) e de bens de capital (-11,4%).

A retração nas atividades produtivas de ferramentas, artefatos e utensílios de ferro e aço foi fruto da queda de 11,2% na indústria de usinagem, da queda de 6,77% na indústria de artefatos e utensílios e do incremento de 6,59% na indústria de ferramentas em geral. Na análise dos dados acumulados nos últimos 12 meses, a indústria de ferramentas se manteve estável, já que a queda nas atividades da indústria de ferramentas manuais foi neutralizada pelo crescimento da produção de ferramentas industriais neste período.

Na área de atuação do SINAFER (Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo), a fabricação de partes e peças para a indústria de máquinas e equipamentos apresentou o maior recuo, de 31%, justificado pelo aumento das importações que já ocupam 58% do consumo nacional. A fabricação de partes e peças para a indústria automobilística teve recuo de 11,34%; a desaceleração é explicada pela paralisação das atividades produtivas das montadoras em virtude da retração de 10,9% na produção de veículos.

Apenas a fabricação de partes e peças para a indústria de bens duráveis apontou crescimento no primeiro trimestre deste ano, ainda em comparação ao mesmo período de 2011. O incremento de 7,8% na atividade amenizou o resultado geral da indústria de usinagem, a qual acarretou queda de 11,2%, conforme mencionado acima. Já a geração de empregos recuou 45,7%. O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que de janeiro a março deste ano foram gerados 3.796 novos postos de trabalho no país, enquanto no mesmo período do ano passado os números chegaram aos 6.992.

Diante deste início de ano negativo, a expectativa é que a recuperação da indústria comece a se efetivar a partir do segundo semestre do ano.

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