Desemprego atinge 14,4 milhões de pessoas em fevereiro

Trabalhadores com carteira assinada no setor privado somaram 29,7 milhões de pessoas em fevereiro, segundo o IBGE, número 11,7% menor frente a igual trimestre de 2020. Foto: Arquivo

O Brasil fechou o trimestre encerrado em fevereiro de 2021 com 14,4 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, segundo informou, nesta sexta-feira, 30, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total da população desocupada é recorde dentro da série histórica do Instituto, iniciada em 2012, e representa uma alta de 2,9%, ou o equivalente a 400 mil pessoas desocupadas, em relação ao trimestre imediatamente anterior, terminado em novembro de 2020. Confrontado com igual trimestre de 2020, a alta é bem maior, de 16,9% no número de desempregados. Ou 2,1 milhões de pessoas que deixaram de ter carteira assinada.

A população ocupada somou 85,9 milhões de pessoas no período, ficando estável em relação ao trimestre móvel anterior, terminado em novembro de 2020.  Mas recuou 8,3% quando comparado a igual trimestre de 2020. Ou 7,8 milhões de pessoas que perderam o  emprego.  O porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar foi de 48,6%, mantendo-se praticamente estável em relação ao trimestre móvel anterior. Mas também recuou se comparado a igual trimestre de 2020, , ficando 5,9 pontos porcentuais abaixo.

O total da população subutilizada somou 3,6 milhões de pessoas no trimestre findo em fevereiro, estável em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas  21,9% acima quando comparado a igual trimestre de 2020, ou o equivalente a mais de 5,9 milhões de pessoas subutilizadas agora.

Estavam fora da força de trabalho no período 76,4 milhões de pessoas, que representam 10,5 milhões a mais em fevereiro de 2021 em relação a igual trimestre do ano passado. Entre os dois períodos a alta no número dessa população nessa condição foi de 15,9%, segundo o IBGE.

Desempregados, os desalentados batem recorde

Os desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar trabalho formal, mas não encontraram, somou 6 milhões de pessoas, número recorde da série histórica do IBGE 26,8% superior ao número de desalentados verificados em igual trimestre de 2020.

O número de pessoas que trabalhavam em fevereiro por conta própria atingiu 23,7 milhões de pessoas, alta de 3,1% comparado ao trimestre anterior e 3,4% inferior a igual trimestre do ano passado. Já os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somaram 29,7 milhões de pessoas, número que se manteve estável em relação ao trimestre anterior e em queda de 11,7% frente a igual trimestre de 2020, ou seja, 3,9 milhões de pessoas que deixaram de ter emprego formal.