'Se pagar R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha', diz Bolsonaro sobre auxílio

Presidente sofre pressões para lançar uma nova rodada ou turbinar o Bolsa Família, que já está previsto em R$ 34,9 bilhões

Nesta quinta-feira (7), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou a apoiadores que o governo federal não poderá continuar com o benefício do auxílio emergencial. Com a pressão para a retomada, então, parlamentares pressionam a União a lançar uma nova rodada ou turbinar o Bolsa Família.

 

Bolsonaro e auxílio emergencial

Na última quarta-feira (6), o candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) dependeu a volta do auxílio emergencial ou um Bolsa Família maior, que já está previsto em R$ 34,9 bilhões. Seguido do candidato avulso Fábio Ramalho (MDB-MG), em entrevista ao Broadcast Político, que defendeu a retomada do pagamento.

"Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui, alguns querem torná-lo definitivo. Foram quase 68 milhões de pessoas. No começo, foram R$ 600. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa", afirmou após simpatizantes afirmarem que chefe do Planalto recebeu apoio no interior do Amazonas após o pagamento do auxílio.

Em suma, o auxílio emergencial, que já injetou R$ 293,8 bilhões na economia, e sua continuidade traria um custo extra aos cofres públicos em 2021. Criado originalmente para durar três meses, o auxílio emergencial teve prorrogação por duas parcelas ainda no valor de R$ 600. Dessa forma, a nova prorrogação garantiu parcelas de R$ 300 até dezembro. Com o fim, portanto, a proposta era a criação de um novo programa social, que sofreu veto.

Bolsonaro criticou, além da retomada do auxílio emergencial, o fechamento de atividades e a manutenção apenas de serviços essenciais. "Se começar a fechar tudo de novo, vai quebrar o Brasil. O Brasil vai se empobrecer. Um país pobre, de famintos, a gente não sabe o que vai acontecer", afirmou o presidente

 

Pressões para retomada do auxílio

No dia 30 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia afirmado durante transmissão ao vivo pelas redes sociais que o benefício não deve ter continuidade em 2021. “Querem que a gente renove [o benefício do auxílio emergencial], mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite” disse.

Em seu blog no G1, então, o comentarista da GloboNews Valdo Cruz informou que aliados de Bolsonaro pressionam pela prorrogação do auxílio. Mas assessores do presidente concluem que o benefício não deve ser renovado nas mesmas métricas que no ano passado e que já cumpriu seu objetivo. Ademais, o ministro da Economia, Paulo Guedes chegou a afirmar que o benefício poderia ser renovado em caso de uma segunda onda da Covid-19. Entretanto, mesmo com os aumentos de casos de contaminação pela doença no fim de 2020, ele negou a ocorrência dessa segunda onda.

 

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