Fintech traz facilidade ao mercado de crédito

A fintech FinanZero foi uma das startups escolhidas por fundos de investimentos suecos para impulsionar o mercado de empréstimos on-line no Brasil.

A FinanZero, fintech que opera como correspondente bancária on-line para negociação de empréstimos junto a instituições financeiras, acredita ser destaque no setor e projeta um aumento de 300% nas receitas do próximo ano. A empresa, fundada em 2015 no Brasil, foi uma das startups escolhidas pelos fundos de investimentos suecos Webrock Ventures e Vostok Emerging Finance para impulsionar o mercado de empréstimos on-line no País. Após receber aporte de US$ 2,5 milhões, a FinanZero iniciou seu processo de ampliação das operações e, inspirada no case sueco Lendo, passou a investir em infraestrutura, tecnologia e estratégia de vendas.

No início de suas operações, a companhia encontrou dificuldades com a burocracia que envolve os serviços financeiros e bancários no Brasil, algo que não é encontrado em países como a Suécia, mas logo reconheceu as vantagens que tornam o cenário brasileiro um ambiente favorável à criação e desenvolvimento de empresas da área de tecnologia. "O Brasil é um mercado em potencial, devido à sua grande população, uso massivo de celulares e rede sociais, além de espaço para tecnologia e empreendedorismo", afirmou o CEO da FinanZero, o sueco Olle Widén ao DCI.

Na cartela de produtos da fintech estão quatro modalidades de empréstimos: concessões pessoais, refinanciamento ou financiamento de veículos e caminhões, e crédito com garantia de imóvel (home equity). Atualmente a empresa conta com 23 parceiros, entre eles: BV Financeira, Banco CBSS, Creditas, Just, Banco Sofisa e PortoCred, buscando sempre as melhores taxas de juros no mercado. "Temos observado, por exemplo, que aqueles que procuram pelo empréstimo com imóvel em garantia estão interessados em investir em seus negócios ou em empreender, o que é um bom sinalizador de mercado. Já para os que buscam por refinanciamento de veículos ou crédito pessoal, o principal motivo é quitar dívidas com juros mais altos, como as do cheque especial e do cartão de crédito", comenta Cadu Guidi, diretor de Marketing da FinanZero, reforçando que todos os pedidos de empréstimos são totalmente gratuitos para o cliente e destacando o investimento na segurança das negociações. "Isso é muito relevante para evitar fraudes no nosso setor. Nossa empresa não solicita o pagamento de nenhuma taxa pelo serviço, de qualquer valor que seja", explica.

Fintech - mercado de créditoFintech em crescimento

Atualmente, a companhia vem mantendo um crescimento mensal de 25% em suas operações - o que soma uma média 35 mil cotações por mês - e acaba de estabelecer uma nova sede na Avenida Paulista, conhecida como o centro financeiro de São Paulo. "Mais de meio milhão de clientes já fizeram uma solicitação de crédito em nossa plataforma", revela o CEO, esclarecendo que o propósito da fintech é trazer transparência e poder de escolha para o consumidor. "Por meio de um pedido de empréstimo ele recebe ofertas de vários bancos ou financeiras e assim pode escolher o melhor em termos de valores e taxas", completa. Widén ressalta também que espera aumentar para mais de um milhão o número de solicitações de crédito. "Projetamos um aumento de 300% em nossas receitas já nos seis primeiros meses do ano que vem", acredita o executivo, divulgando também que no último ano a empresa chegou a ultrapassar a marca dos R$ 20 milhões em créditos intermediados.

Apesar da incerteza do cenário político brasileiro, a fintech aposta em uma maior estabilidade econômica no próximo ano, com a diminuição das taxas de desemprego e de juros. Com isso, a FinanZero tem como objetivo se tornar a principal empresa no marketplace (mercado, em inglês), de intermediação bancária do Brasil. "Nossos clientes são representantes de todas as classes e têm em comum a procura por facilidade em operações financeiras e bancárias. Planejamos em longo prazo o lançamento de plataformas que auxiliem também na quitação de dívidas do consumidor e nas próprias negociações com o banco, melhorando assim a comunicação entre os dois lados", concluiu Cadu Guidi.

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