Tesla lucra com Bitcoins mais do que com a venda de veículos

A Tesla adquiriu US$ 1,5 bilhão em Bitcoin no início de fevereiro, quando o valor da criptomoeda girava abaixo dos US$ 40 mil

No início de fevereiro, a Tesla adquiriu US$ 1,5 bilhão em Bitcoin, quando a criptomoeda era negociada abaixo de US$ 40 mil. Passados pouco mais de dois meses, com o Bitcoin batendo nos US$ 63 mil pela primeira vez, a Tesla  viu seu investimento se aproximar dos US$ 2,5 bilhões. O retorno conseguido é superior ao lucro da empresa com a venda de automóveis desde sua fundação, em 2003. 

A Tesla diz que a decisão em investir em Bitcoin teve por objetivo “ter mais flexibilidade para diversificar ainda mais e maximizar o retorno sobre nosso caixa”.  O primeiro lucro anual da Tesla veio em 2020, ao faturar US$ 721 milhões, depois de registrar um prejuízo de US$ 862 milhões um ano antes.

Além da aquisição da criptomoeda, a Tesla também passou a aceitar Bitcoin como pagamento por seus produtos no site da empresa, ainda que por enquanto apenas no mercado norte-americano. Outro fator que colaborou para a valorização do ativo. 

MicroStrategy é pioneira

A MicroStrategy, empresa de inteligência em negócios, software e serviços baseados em nuvem, é pioneira em investimento em Bitcoin como reserva de tesouro e líder no número de BTCs acumulados, com um total de 91.579 desde que deu início à aquisição, em 2020. Com aproximadamente 48 mil Bitcoins, a empresa aparece em segundo, seguida pela Square, do ramo de serviços de pagamentos, com 8 mil BTCs acumulados.

Tesla lucra com venda de Créditos de Carbono

Enquanto seguia tendo prejuízo com a venda de seus veículos, a Tesla lucrava com a venda de Créditos de Carbono a concorrentes, com estimativa de ter faturado quase US$ 3,3 bilhões nos últimos cinco anos. Os Créditos de Carbono  são uma alternativa a empresas que não conseguem cumprir, na prática, a meta de redução da emissão de gases do efeito estufa. No caso da Tesla, que produz carros elétricos e portanto sem o prejuízo ao meio ambiente, a comercialização desses créditos deu à empresa uma vantagem competitiva. 

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