Presidente do BC volta a falar em moeda digital brasileira

Roberto Campos Neto diz que a criação do que chama de ‘real digital’ gera grande inovação no mercado, mas destaca que é preciso entender como as moedas digitais se comunicarão com os demais países

Durante palestra no Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento, realizada, na terça-feira, 23,  o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a falar sobre o desenvolvimento de uma moeda digital brasileira, o “real digital”, ou a Moeda Digital de Banco Central (CBDC), cuja criação está no radar da Instituição.

Segundo ele, os projetos que o Banco Central neste momento em relação ao real digital “vão criar forte inovação no mercado”.

Moeda digital brasileira

Um relatório de um estudo sobre a moeda digital, que vinha sendo desenvolvido desde agosto do ano passado, foi entregue, em fevereiro, ao Banco Central pelo grupo responsável pelo planejamento. Segundo Campos Neto, no entanto,  ainda há muitas questões práticas que precisam ser resolvidas antes que essa “extensão da moeda física” possa ser emitida.

“A gente entende que a criação de moedas digitais tem várias consequências para a parte de política monetária, parte de meios de pagamento, inclusão financeira, mas acho que as grandes perguntas ainda estão no ar”, disse ele.

Um dos principais desafios é saber como as CBDCs de diferentes países vão se comunicar entre si, visando facilitar as operações financeiras, já que cada uma é desenvolvida de forma diferente.

A Ripple Labs, criadora da criptomoeda XRP, é uma das empresas que trabalham na resolução destas questões e, em um documento divulgado nesta semana, falou sobre isso. Segundo a avaliação feita, serão necessários protocolos abertos e ativos que funcionem como pontes neutras nas transações entre as diferentes moedas digitais.

A própria Ripple sugere que a XRP seria “a ponte ideal” e já tem diálogo aberto com o Banco Central da França, sobre a possibilidade de oferecer soluções para emitir uma moeda digital francesa.

No Brasil, a empresa se reuniu com representantes do Banco Central em 2020 e busca expandir sua atuação no país. A empresa está com duas vagas abertas para trabalhar no escritório que fica em São Paulo; para Diretor de Sucesso do Cliente e Engenheiro de Parcerias com Clientes

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