Marcação a mercado: o que é e como funciona?

A renda fixa também tem alguns riscos e é importante saber quais são!

Na marcação a mercado, quando você resgata os investimentos antes do prazo, pode perder dinheiro.

Quem investe em renda fixa precisa entender que também pode correr riscos, ainda que naturalmente eles sejam bem menores que os da renda variável. As oscilações acontecem por conta da marcação a mercado, e vamos explicar do que se trata.

Quando você compra um título do Tesouro ou fundo de investimento de renda fixa por exemplo, vai receber o valor combinado na data do resgate. Porém, se você resolve resgatar a aplicação antes do prazo, correrá os riscos relacionados. Desse modo, dependendo do cenário, pode ganhar ou perder dinheiro.

A marcação a mercado é a revisão diária do valor dos títulos e depende de uma série de fatores. Ela costuma trazer reflexos significativos principalmente para os ativos pré-fixados ou com rendimento atrelado à inflação ou à Selic. O Tesouro Selic, inclusive, acabou ficando negativo em setembro por conta de um deságio na compra.  

 

A marcação a mercado depende do mercado financeiro

 

Acompanhar as variáveis que envolvem o andamento do mercado financeiro é importante para entender a marcação a mercado e evitar prejuízos caso você precise resgatar um investimento antes do prazo. 

Por exemplo, vamos supor que você tenha um título do Tesouro prefixado em 10% a.a. Quando você fez a aquisição, os juros estavam em 7%a.a. Mas depois de seis meses, os juros caíram para 6% a.a. Desse modo, o seu título passa a valer mais. Mas e se os juros subissem para 11%? Neste caso, o seu título passaria a valer menos. Isso, ressaltando mais uma vez, se você decidisse vendê-lo antes do prazo de resgate. 

Marcação a mercado
Imagem: reprodução/ unsplash

Diversificar é essencial para diminuir riscos

 

Como você viu, até mesmo o Tesouro Selic, que é considerado uma aplicação super segura, acabou trazendo rendimento negativo para quem precisou vendê-lo antes do prazo. Para diminuir os riscos da marcação a mercado é importante diversificar a carteira e acompanhar os investimentos. 

No caso dos fundos, desde 2002 a marcação a mercado é obrigatória de acordo com decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que ratificou determinações do Banco Central. Normalmente, a marcação a mercado se baseia no valor médio dos ativos de um portfólio. 

Dentre os fatores que podem alterar o valor de um investimento para compra ou venda antes do prazo combinado, estão: a liquidez, a taxa de juros e a inflação (e as expectativas futuras para estes indicadores).

No caso dos títulos pós-fixados, os ajustes são diários e variam de acordo com o índice ao qual estão atrelados. No caso dos pré-fixados, a marcação a mercado acompanha as expectativas relacionadas ao período de investimento.

Finalmente, é importante lembrar que quem resgata o investimento no prazo certo recebe exatamente o que foi combinado. Por isso, ainda que os ativos tenham liquidez diária, é essencial checar o prazo de resgate.

Isso vale principalmente quando se trata de reserva de emergência. Alguns investimentos são recomendados para resgate no médio e longo prazo, mesmo que possam ser vendidos antes.

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