Bolsonaro quer 'termo de responsabilidade' para tomar vacina

Presidente Bolsonaro vai assinar nesta terça-feira (15), medida provisória que liberará R$ 20 bilhões para a compra da vacina contra a Covid-19 para os brasileiros

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai assinar hoje (15), a Medida Provisória com o aval à liberação de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas contra a Covid-19. Ao fazer o anúncio na noite desta segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada, o presidente menosprezou a imunização dizendo que o brasileiro deverá se responsabilizar por escolher tomar a vacina.

"Não é obrigatória. Vocês vão ter que assinar o termo de responsabilidade, se quiserem tomar. A Pfizer é bem clara no contrato: "Não nos responsabilizamos por efeito colateral'. Tem gente que quer tomar, então toma. A responsabilidade é sua. Para quem está bem fisicamente, não tem que ter muita preocupação. A preocupação é o idoso, quem tem doença", disse Bolsonaro.

Mortes por Covid-19

O novo coronavírus já matou mais de 1,6 milhão de pessoas no mundo. No Brasil, o número ultrapassa as 181 mil mortes. A vacinação contra a Covid-19 é esperada por toda população para, finalmente, voltar a ter uma ‘vida normal’.

Bolsonaro, que estava sem máscara, ressaltou à apoiadores, uma passagem bíblica para criticar a "fraqueza" a crise sanitária. "Tem uma passagem bíblica, Provérbios 24:10. 'Se tu te mostrares fraco na hora da agonia, tua força é pequena'. Tem que encarar, pô! Tem que lutar", afirmou.

Superlotação em hospitais

Após manifestantes pró-Bolsonaro reclamarem da superlotação em hospitais que passaram a atender exclusivamente casos de Covid-19, o presidente declarou: “teve hospital que foi fechado só para atender o Covid, não fez mais nada. Quem tinha problema e podia ter detectado um câncer precoce está numa situação agora que não adianta mais fazer quimioterapia”.

Na última sexta-feira (11), o ministro da Economia, Paulo Guedes havia citado que o governo deve gastar cerca de R$ 20 bilhões com uma "campanha de vacinação em massa”. Segundo o ministro, a expectativa é de que os recursos sejam contabilizados na forma de crédito extraordinário. Ele reforçou ainda que não faltará dinheiro para comprar vacinas.

Imunização

Até o momento as vacinas disponibilizadas ao Brasil encontram-se em fases de testes para irem para aprovação na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Uma nova onda assola o país com números de mortes beirando, novamente, os mil por dia.

Na Europa, autoridades vêm adotando medidas mais rígidas a fim de conter a circulação de pessoas e não propagar ainda mais, o vírus.

Líderes reconhecidos globalmente, como os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton, já se prontificaram a promover a vacinação nos Estados Unidos.

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