ABC terá ação integrada para lidar com descarte de resíduos

MAUÁ – De olho na Política Nacional dos Resíduos Sólidos, os municípios do ABC iniciaram processo para resolução da questão de maneira conjunta. Através do Consórcio Intermunicipal do AB

De olho na Política Nacional dos Resíduos Sólidos, os municípios do ABC iniciaram processo para resolução da questão de maneira conjunta. Através do Consórcio Intermunicipal do ABC, os prefeitos das sete cidades realizaram o Simpósio Internacional de Resíduos Sólidos Urbanos. O objetivo é traçar caminhos para resolução do problema de descarte de dejetos de maneira integrada. O simpósio, que começou ontem, no Teatro Municipal de Mauá, conta também com gestores públicos e especialistas brasileiros e estrangeiros. O objetivo da ação, segundo o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Luiz Marinho, é avaliar o processo de implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no ABC.

Entre outros temas, estão sendo debatidos a necessidade de elaboração de um Plano Regional para o setor, além da integração e inclusão dos catadores no processo. "A região não se furta a buscar soluções exitosas desenvolvidas em outros países no que diz respeito à questão da gestão de resíduos. É nesse sentido que o simpósio tem fundamental importância", resumiu Marinho, lembrando que o Consórcio Intermunicipal teve sua origem, em 1990, ligada justamente ao debate da questão, a partir de ações consorciadas dos municípios relacionadas à destinação dos resíduos sólidos. Na cerimônia de abertura, que aconteceu ontem, além de Marinho, o prefeito de Mauá, Donisete Braga e representantes do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria do Meio Ambiente do Estado e Universidade Federal do ABC debateram possíveis soluções para resolução integrada dos resíduos. Segundo o prefeito de Mauá, a cidade é referência em política de tratamento de águas e saneamento básico.

Exemplo disso, segundo o chefe do executivo é a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em construção no Bairro Capuava. Com inauguração prevista para 8 de dezembro de 2014, a ETE permitirá tratar 100% do esgoto coletado a partir de janeiro de 2015 - um salto extraordinário em relação ao índice atual de 5%. Em parceria com a Odebrecht Ambiental, a obra prevê aportes de R$ 170 milhões. O Simpósio, que continua hoje, ainda deve abordar os avanços e desafios da implantação de políticas públicas de manejo de resíduos sólidos nos municípios; a reciclagem de materiais; o aproveitamento de resíduos orgânicos; os projetos de recuperação energética no Brasil e na região; e a inclusão social dos catadores.

Ontem, quatro palestras foram realizadas aos gestores, sendo elas: "Os Desafios da Implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos", que no último sábado completou quatro anos. O foco especial foi a situação na região metropolitana de São Paulo e no ABC. O tema, debatido pelo Prof. Elcires Pimenta Freire, coordenador de Projetos da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, e pelo coordenador do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos de Portugal, Carlos Martins. Outro especialista de Portugal, país que é referência na implantação de políticas voltadas à área, Mário Russo, integrante do Programa de Certificação da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), falou sobre a "Reutilização, Reciclagem e Valorização de Materiais Recicláveis", que abordou as principais tecnologias disponíveis no mundo para a reciclagem e as possibilidades de aplicação no Brasil. A "Valorização de Resíduos Orgânicos" foi outro tema abordado.

A palestra tratou das tecnologias de resíduos orgânicos (compostagem, biodigestão, biometanização) e sua viabilidade no Brasil, e do aproveitamento de compostos oriundos de resíduos. Encerrando o primeiro dia de Simpósio, foram discutidas as "Soluções de Valorização Energética", também com apresentação das principais tecnologias e aplicação no Brasil, além dos sistemas propostos para a região do ABC.

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