Fiocruz pode pedir hoje à Anvisa uso emergencial da vacina de Oxford

Fiocruz estima receber os insumos da vacina de Oxford até o dia 12 de janeiro para começar a produção da vacina da Covid-19 no Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz estima receber ainda nesta sexta-feira (08), o pedido de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, para uso emergencial dos 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca.

As duas organizações se reuniram, por meio de teleconferência, na tarde desta quinta-feira (07), para tratar de ações necessárias para a autorização da vacina contra Covid-19.

No começo da semana, a Fiocruz apresentou dados sobre a vacina de Oxford à Anvisa, mas o procedimento não foi considerado suficiente para a aprovação emergencial do imunizante. A fundação ainda dependia de dados que devem ser fornecidos pelo Serum Institute, da Índia, responsável pela fabricação do produto. Até hoje, esses dados estarão reunidos e formalizados junto à agência.

Em nota, a Anvisa disse que tem atendido todos os laboratórios que estão desenvolvendo vacinas a fim de orientar e esclarecer questões técnicas para a avaliação de vacinas e futuro pedido de uso emergencial e registro definitivo, porém, ‘ainda não recebeu pedido para uso emergencial de nenhuma vacina contra a Covid-19’.

Fiocruz e a Vacina de Oxford

Os primeiros insumos do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, devem chegar ao Brasil até o dia 12 de janeiro, é o que estima a Fiocruz.

Estes deveriam ser entregues em dezembro de 2020, mas o atraso no recebimento do insumo foi provocado pela demora do repasse das informações da AstraZeneca e das autoridades regulatórias da China, que têm protocolos específicos para a exportação da carga.

A Fiocruz disse em nota que pretende começar a produção das primeiras doses da vacina de Oxford no dia 20 de janeiro.

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 prevê 3 fases iniciais planejadas com a aplicação da vacina de Oxford. A estimativa é que serão necessárias 104 milhões de doses do imunizante para atender os grupos prioritários incluídos nessas etapas. Vale lembrar que cada cidadão receberá até duas doses da vacina.

O Brasil precisa importar 2 milhões de doses prontas da vacina, produzidas pelo Instituto Serum, da Índia, para poder começar a imunização ainda em janeiro. O governo federal deve receber 100 milhões de doses do imunizante até julho de 2021, conforme um acordo prévio. Para o segundo semestre, estão previstas 160 milhões de doses produzidas pela Fiocruz.

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