Parler sofre hack: o que fazer e como se proteger nas redes sociais?
Você era usuário da rede social Parler, concorrente do Facebook? Veja aqui o que você precisa saber depois da invasão sofrida pela rede.
Parler, a rede social concorrente do Facebook, foi removida da das lojas de aplicativos e sites Google, Apple e Amazon. Inclusive, alguns dias antes, um hacker invadiu o site, conseguindo extrair dados sensíveis.
Estes dados representam sérios riscos para alguns usuários. Veja como se proteger!
O que é a rede social Parler?
Parler se apresentava como uma rede social imparcial. Nesse sentido, pretendia ser um lugar para as pessoas se expressarem abertamente, sem medo de censura. Deste modo, um nicho que rapidamente aderiu foram os apoiadores de Trump.
De acordo com o DFRLab, o aplicativo Parler foi o mais utilizado na coordenação da invasão ao Capitólio dos EUA. A empresa foi criada em 2018 por Rebekah Mercer, John Matze e Jared Thomson. Rebekah é uma proeminente doadora conservadora, e partidária de Trump.
Por que o Parler gerou tanta polêmica?
Por não ter censura, muita desinformação circulava no Parler. Isso inclui alegações de fraude eleitoral, teorias de conspiração, contas com teor racista, e similares.
O Facebook, Twitter e outras redes sociais intensificaram os esforços para reprimir a desinformação nas eleições dos EUA. Como resultado, diversos conservadores proeminentes alegaram que suas vozes foram censuradas de forma desproporcional.
Diante disso, alguns usuários buscaram aplicativos alternativos. Dessa forma, o Parler acabou tomando a liderança nos downloads nas lojas da Apple e Google.
A Apple disse que as postagens no Parler incluem inúmeras "ameaças diretas de violência e apelos para incitar ações contra a lei". A empresa disse inclusive que os processos que Parler implementou para moderar ou prevenir a disseminação de conteúdo perigoso e ilegal são "insuficientes".
O que vazou no hack do Parler?
Um hacker descobriu uma vulnerabilidade e começou a extrair os dados do Parler. Aos poucos, começou a vazar todas as postagens do site. Por último, o hacker descobriu que os arquivos podem ser extraídos com os metadados intactos.
Esta informação, existente em fotos e vídeos, revelam informações adicionais. Isso inclui, por exemplo, onde foi tirada, equipamento usado, coordenadas de GPS, entre outros.
Deste modo, o hacker teve acesso a todo o conteúdo publicado na rede social. Em suma, esses dados sensíveis, incluindo localização, podem ser muito perigosos nas mãos erradas.
Qual é o futuro para a rede social alternativa?
Parler encontra-se agora sem hospedagem na internet. Isto é, toda a plataforma desapareceu debaixo da censura do Google e Amazon Web Services, que removeu o sistema de suas plataformas em nuvem.
Deste modo, o aplicativo está se preparando para uma briga judicial. Entretanto, o destino de uma nova solução é incerto. Ou seja, mesmo que encontre um novo provedor de hospedagem, a permanência da Parler é uma incógnita.
Em resumo, essas empresas menores não têm recursos suficientes para longas disputas. Sem dúvidas isso põe em dúvida o futuro de todos os concorrentes alternativos das redes sociais.
Como se proteger na internet?
É fundamental que você tenha uma senha forte e difícil, e isso não é paranoia. Isso inclui criar uma senha com pelo menos 15 caracteres. Além disso, deve conter letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais.
Não obstante, é importante uma senha diferente para cada conta importante que você tem. A senha da sua conta em corretoras, como o Mercado Bitcoin, por exemplo, não deve ser a mesma do seu e-mail.
Por último, evite deixar suas senhas salvas no navegador. Pode parecer conveniente, mas coloca seus dados em risco. Deste modo, para te ajudar a gerenciar tantas senhas complexas, você pode usar ferramentas como o Last Pass.