WhatsApp faz parceria com governo de SP para pré-cadastro de vacina

Aplicativo de mensagens entrou no plano de vacinação em São Paulo por meio da integração com o site Vacina Já

Um ano após o início da pandemia de coronavírus, o Facebook dá indícios de que está entrando de vez em campanhas contra a covid-19 no Brasil. A empresa, dona do app de mensagens WhatsApp, anunciou uma série de medidas esta semana para impedir a disseminação de informações falsas em suas redes sociais. Além disso, uma parceria entre o governo de São Paulo e o WhatsApp, vai ajudar na organização da vacinação no estado.

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou,  na quarta-feira, 7,  uma parceria com o Whatszapp para que o aplicativo de mensagens possa ser utilizado para que a população faça o pré-cadastro para a vacinação contra a covid-19.  Hoje, o pré-cadastro é feito exclusivamente no vaciná.sp.gov.br, dentro do portal do governo paulista.  O objetivo, segundo o governo,  é ampliar os canais de atendimento do pré-cadastro, garantindo uma economia de tempo em até 90% no atendimento presencial no momento da  imunização. 

O acesso pode ser feito adicionando o número +55 11 95220-2923 à lista de contatos e enviar um "oi". Em seguida, um assistente virtual (chatbot) envia uma lista com oito opções, que variam de A a H. Uma delas, a opção B, direciona o usuário para o pré-cadastro para vacinação, solicitando nome completo, data de nascimento, endereço e o número do CPF. Vale lembrar que isso não funciona como agendamento, mas como adiantamento da vacinação em si.

Já em uma campanha global, que também atinge a rede social no Brasil, o Facebook começou a identificar conteúdos postados por usuários que contenham discussão sobre a segurança e eficácia das vacinas. De acordo com a empresa, em breve vai etiquetar todas as publicações sobre vacinas na plataforma com avisos para o usuário sobre a necessidade de se vacinar em um momento de pandemia, reafirmando a segurança sobre o imunizante., 

A decisão da plataforma segue um caminho parecido com o adotado no Facebook e no Instagram, que traz avisos e alertas sobre a seriedade da pandemia em quaisquer postagens que contenham informações sobre covid-19 -- sejam elas falsas ou não. Nesses casos, a rede social coloca um pequeno aviso, também em formato de etiqueta, trazendo dados relevantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os perigos da covid-19.

Vacinação contra covid-19
Imagem: divulgação/governo de são paulo

Por fim, o Facebook disse que, desde fevereiro deste ano, removeu cerca de 2 milhões de postagens da rede social e do Instagram que traziam informações falsas sobre a pandemia e também sobre a vacinação. A empresa afirma que implementou medidas temporárias que incluem redução do alcance de conteúdo de usuários que repetidamente compartilham postas marcados como falso por agências de checagem de informações.

Facebook e notícias falsas sobre vacina

Estas novidades são apenas mais um passo do Facebook em busca de reduzir o alcance de notícias falsas em suas redes sociais -- sejam sobre a pandemia ou sobre a vacina. Após a empresa entrar na mira de investigações nos Estados Unidos sobre redes de fake news que correm em páginas do Facebook e Instagram e em grupos de conversa no WhatsApp, a rede social começou a trazer novas soluções para evitar dores de cabeça e punições.

Recentemente, a empresa anunciou que vai apertar o cerco contra quem desrespeita as regras da rede social. Estão na mira da rede aqueles que usam o espaço para gerar polêmica em torno de temas controversos, seja no campo social ou político, prática que vem crescendo no mundo todo. Para isso, a empresa confirmou que começará a diminuir recomendações de participação em comunidades de cunho político e social.

Para diminuir o alcance dessas comunidades que não seguem as diretrizes da plataforma, o Facebook vai notificar usuários que tentaram entrar em grupos que violaram regras anteriormente. “Limitaremos as notificações de convite para esses grupos, a fim de que seja menos provável que as pessoas comecem a participar deles”, disse a empresa por meio de nota. Conteúdo publicado em páginas que violaram as regras terão alcance reduzido.

Por fim, grupos criados há pouco tempo, independentemente do tópico que abordem, terão de esperar 21 dias antes de se tornarem elegíveis para recomendação, ou seja, aparecer para usuários de acordo com o algoritmo, sugerindo participação naquela comunidade. A mudança é uma forma de o Facebook tomar conhecimento e entender o funcionamento do grupo, e se está enquadrado nas  regras da plataforma, evitando desgaste e polêmicas.

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