Apesar de ocupação menor, hotéis mantêm investimentos

SÃO PAULO – Apesar da tendência de queda na ocupação hoteleira mundial no período pós-crise, especialmente em países da África, do Oriente Médio e da Europa – com recuo de acima de 12% nas ocupações e diminuição

SÃO PAULO - Apesar da tendência de queda na ocupação hoteleira mundial no período pós-crise, especialmente em países da África, do Oriente Médio e da Europa - com recuo de acima de 12% nas ocupações e diminuição de 20% no fluxo de turistas corporativos -, as redes de hotéis que atuam na América Latina parecem animadas com os negócios locais e prometem novas aberturas em 2009, além de prosseguir com seus planos de expansão até 2012.

A nacional Blue Tree Hotels, da empresária Chieko Aoki, anuncia a entrada no mercado chileno, incorporando à marca dois novos hotéis, que demandarão US$ 15 milhões. A companhia comemora, ainda, a entrada no segmento econômico, ao lançar a bandeira Spotlight by Chieko Aoki, que terá cinco unidades no Brasil e aportes de R$ 120 milhões - a perspectiva é que a hospedagem econômica cresça 32% este ano.

Redes européias também seguem essa tendência, tanto que a InterContinental Hotels Group (IHG), do Reino Unido, confirmou mais cinco hotéis de marca econômica em capitais brasileiras, das bandeiras Holiday Inn e Holiday Inn Express, nas cidades de Maceió, São Luís, Manaus, Belém e Cuiabá. Nas cinco unidades, serão aplicados R$ 55 milhões, com inauguração até 2011.

De acordo com Francisco Garcia, diretor de Operações da IHG no Brasil, a ocupação dos hotéis no País se manteve estável, porém com tarifas 14% mais altas, o que ocasionou crescimento na receita. "A aposta da IHG no Brasil se deve à solidez da economia: a crise afeta mais fora do que dentro do País", disse, ao citar diferenciais, como o salto dos consumidores e a falta de hotéis em mercados secundários.

Já a francesa Accor Hospitality, assinou contrato para administrar mais quatro hotéis no País, e manteve, ainda, a meta de 50 novas unidades locais, até 2012. "O Brasil é o 4º parque hoteleiro da Accor, um dos melhores da rede mundialmente. Além disso, aqui sentiu-se bem menos os impactos da crise do que em outros países", comentou com o DCI Roland de Bonadona, CEO da Accor Hospitality na América Latina.

O bom desempenho brasileiro se justifica nos números da própria Accor. Segundo a companhia, apesar do momento econômico conturbado, a rede fechou o primeiro trimestre com saldo positivo no País - crescimento de 3% de RevPAR (revenue per available room, ou receita por apartamento disponível), em relação ao mesmo período de 2008. Dividindo os resultados por segmento, o econômico teve o melhor desempenho, com 8,7% de avanço em RevPAR, compensando a queda 3,6% no midscale (padrão médio a luxo).

Bonadona confirmou um incremento de 3,2% na abertura de novos hotéis no período, curva que o executivo considera que continuará ascendente. "Mesmo que uma ou outra unidade sofra um atraso por conta do momento econômico, tudo estará aberto até 2012", garantiu.

Para manter a ocupação em todos os hotéis que tem inaugurado, o CEO contou que a rede optou por uma estratégia comercial agressiva, com a busca direta do consumidor final via propaganda, pacotes promocionais, internet e parceria com entidades como o Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc), para atrair os clientes corporativos, além de parcerias com as maiores agências de viagens e companhias aéreas.

Os quatro novos empreendimentos com contrato fechado pela Accor este ano estão divididos em várias cidades e bandeiras: Novotel em Goiânia (GO), Ibis no Rio de Janeiro e em Caruaru (PE) e o Mercure Hotel e Spa Macacos, em Nova Lima (MG). Os modelos contratuais de expansão também são variados, como a administração hoteleira, o arrendamento, a franquia e até investimentos da própria Accor.

O parque hoteleiro da Accor conta hoje com 144 hotéis no Brasil e outros 20 espalhados por países da América Latina, totatalizando quase 27 mil apartamentos. Até 2012 serão 69 as novas unidades na região, representando cerca de 10 mil leitos. As marcas Accor são Sofitel, Novotel, Mercure, Ibis e Formule1.

Os investimentos em hotéis no Brasil

Enquanto as européias avançam os negócios no Brasil, a nacional de Blue Tree acelera a expansão para fora do País e depois dos dois hotéis argentinos, chega ao mercado chileno. A partir deste mês, a rede de Chieko passa a cuidar do Santiago Fundador, na capital do País, e do Remota, que fica na região turística da Patagônia, nomunicípio de Puerto Natales. Com as aberturas, a Blue Tree passa a contar hoje com 27 hotéis na rede, dos quais 23 são brasileiros e os outros quatro, divididos entre o Chile e a Agentina.

Mesmo com a tendência de queda da ocupação hoteleira mundial, que teve queda acima de 12%, além da diminuição de 20% do fluxo de turistas corporativos, as redes de hospedagem que atuam na América Latina parecem animadas com os negócios locais e prometem novas aberturas de unidades em 2009.

Redes europeias também seguem a tendência, como a francesa Accor Hospitality, que assinou quatro novos contratos no País e manteve a meta de 50 novas unidades por aqui, até 2012. "O Brasil é o quarto parque hoteleiro da Accor, um dos melhores da rede. Além disso, aqui sentiram-se bem menos os impactos da crise do que em outros países", comentou com o DCI Roland de Bonadona, presidente da Accor na América Latina. A InterContinental Hotels Group (IHG), do Reino Unido, confirmou mais cinco unidades da marca econômica Holiday Inn, em Maceió, São Luís, Manaus, Belém e Cuiabá. Os hotéis custarão R$ 55 milhões.

A brasileiraBlue Tree Hotels, da empresária Chieko Aoki, anuncia a entrada no mercado chileno, incorporando à marca dois novos hotéis, que demandarão US$ 15 milhões. A companhia comemora ainda a entrada no segmento econômico, ao lançar a bandeira Spotlight by Chieko.

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