
Chegou no comecinho da manhã desta quinta-feira (19) em São Paulo, as 120 mil primeiras doses da vacina contra Covid-19, CoronaVac, importada diretamente da China. Governador João Dória acompanhou a chegada dos lotes no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Vacina contra Covid-19
A vacina que foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, é uma das quatro candidatas contra o novo coronavírus no mundo e que estão em processo de testes no Brasil.
As 120 mil doses da CoronaVac fazem parte de um lote de 6 milhões previsto para chegar até o final de 2020. O governo de São Paulo firmou acordo para a compra de 46 milhões de doses, sendo que 6 milhões virão prontas da China, e as outras 40 milhões serão envasadas e rotuladas no Instituto Butantan a partir de material que também será importado.
Por medidas de segurança, as vacinas serão armazenadas em um local não divulgado pelo governo paulista.

O Instituto Butantan deve receber a matéria prima para fabricar as 40 milhões de doses ainda neste ano. Segundo Dimas Covas, diretor-geral do Butantan, a chegada da vacina em solo nacional é de muita importância, uma vez que os testes clínicos da CoronaVac estão avançados. “É a primeira vacina que chega no país, isso é muito bom. O Brasil já tem sua vacina, e está aguardando os trâmites junto à Anvisa e junto ao Ministério da Saúde para poder iniciar o programa de vacinação”, ressaltou o diretor-presidente.
Ele disse ainda que o Instituto só está aguardando o registro da Anvisa para poder enviar os resultados da última fase de estudos que foi feita. “Pretendemos começar a produzir ainda neste ano, e esperamos que o programa de vacinação comece em meados de janeiro e no máximo até fevereiro”, finalizou Dimas Covas em entrevista ao Jornal da Globo na noite desta quarta-feira (18).
Vacina em teste
Ainda em fase de testes, a Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela CoronaVac, ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante, que não pode ser utilizado na população.
Sobre este procedimento, o governador de São Paulo disse que aguardará autorização da Anvisa para poder colocar a vacina em circulação. “Quero esclarecer que nós seguimos e vamos continuar a seguir rigorosamente os protocolos da Anvisa para a aplicação da vacina. A vacina só será levada ao público às pessoas após autorização final da Anvisa”, disse Doria.