SÃO PAULO
Contratar executivos capacitados, adotar soluções tecnológicas e criar um conselho administrativo com poder de decisão. Tais estratégias têm mudado o cotidiano das empresas familiares, cada vez mais atentas à necessidade de profissionalizar a gestão de seus negócios. Ao empregar tais práticas de governança corporativa, empresas de médio porte do comércio varejista buscam não perder espaço entre a concorrência, afirmou Luiz Marcatti, sócio da Mesa Corporate Governance, consultoria especializada.
Como de cada 100 empresas com o comando familiar, apenas 30 chegam à segunda geração, para o consultor as tomadas de decisões são mais sensatas e evitam conflito de interesses com a governança. “A sucessão em um negócio familiar é de extrema importância, mas, por vezes, o filho, o sobrinho ou o neto não são os mais indicados para um cargo de presidência.”
Os empresários que vislumbram a ida à Bolsa de Valores, além das práticas de governança devem atentar a detalhes como a comunicação da empresa com o mercado e a participação em encontros com potenciais investidores, conforme explicou a sócia da MBS Value Partners, Monique Skruzny.
Levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa identificou 300 empresas com faturamento acima de R$ 200 milhões, com a crescente percepção dos empresários sobre a governança: 93% viram melhora na gestão, assim como a melhora na imagem da empresa perante o mercado.