BRASÍLIA – O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entregou nesta quarta-feira (13), ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), uma petição com 65 mil assinaturas pedindo que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Aberto seja colocada em votação.
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#000a#0009As assinaturas foram coletadas pela internet por entidades ligadas ao MCCE, que também estiveram envolvidas no projeto de lei de iniciativa popular que resultou na Lei da Ficha Limpa. A coleta das assinaturas foi durante 24 horas.
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#000a#0009O diretor do MCCE, Marlon Reis, disse, após participar da entrega do documento, que mais assinaturas podem ser coletadas se for preciso. #201cNós só fizemos um teste para mostrar a popularidade desse tema na sociedade brasileira. Foi feita uma coleta relâmpago, e se houver necessidade haverá uma grande coleta de assinaturas, assim como foi feito no projeto da Lei da Ficha Limpa#201d, declarou.
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#000a#0009Segundo ele, a sociedade está preocupada que o voto secreto seja usado por parlamentares para ocultar casos de corrupção. Na opinião de Reis, #201co Congresso Nacional deve agir como uma caixa de ressonância da sociedade#201d e atender ao pedido pela votação da PEC.
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#000a#0009A petição exemplifica o caso de absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) que aparece em uma gravação em vídeo, da Operação Caixa de Pandora, recebendo dinheiro. Na opinião dos ativistas que coletaram as assinaturas, o voto secreto contribuiu para que Jaqueline fosse absolvida por seus pares no processo de cassação.
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#000a#0009A expectativa de que a PEC do Voto Aberto fosse votada até a semana que vem, no entanto, foi frustrada pela decisão, ontem (12), dos líderes partidários do Senado de que não haverá votações no plenário da Casa no período de 18 a 22 de junho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, quando boa parte dos senadores estará participando do evento.