Charlie Hebdo republica as charges do Profeta Maomé, que tornou o jornal alvo de atentado

Charlie Hebdo republica as charges do Profeta Maomé no dia do julgamento das quatorze pessoas envolvidas no atentado terrorista à revista em 2015 na França.

A revista francesa Charlie Hedbo republica as charges do profeta muçulmano Maomé, que motivaram o massacre em seus escritórios em Paris.

Nesta quarta-feira (2) acontece na França o julgamento de quatorze pessoas (13 homens e uma mulher) acusados ​​de fornecer aos militantes islâmicos apoio material e logístico na preparação para o ataque.

Os ataques mataram 12 pessoas dentro e ao redor do escritório do Charlie Hebdo em Paris em janeiro de 2015. Além disso, um terceiro atirador matou uma policial e atacou um supermercado judeu.

No total, 17 pessoas foram mortas em um período de apenas três dias. Os assassinatos marcaram o início de uma onda de ataques jihadistas em toda a França que deixou mais de 250 mortos.

Nos dias que se seguiram aos ataques, milhares de pessoas participaram de marchas de solidariedade pela França e pelo mundo sob o lema "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie).

 

Charlie hebdo republica charges
Imagem: reprodução / reuters/charlie hebdo/

Charlie Hebdo republica as polêmicas charges de Maomé

Para marcar o início do julgamento, a Charlie Hebdo republica as charges com caricaturas polêmicas do profeta Maomé, que geraram protestos em vários países muçulmanos. 

Contudo, o presidente Emmanuel Macron defendeu a liberdade de imprensa e dos franceses.

Laurent Riss Sourisseau, diretor do Charlie Hebdo, publicou no editorial da última edição da revista “Nunca desistiremos". 

Bem como acrescentou "desde janeiro de 2015, recebemos frequentemente solicitações para imprimir outras caricaturas de Maomé. Porém, sempre nos recusamos a fazê-lo, não porque haja proibição - a lei permite - mas porque havia a necessidade de um bom motivo para fazê-lo. Um motivo que tivesse significado e que trouxesse algo para o debate".

 

Por que o Charlie Hebdo sofreu ataques?

A revista semanal radical era bem conhecida por atacar instituições e religiões, e há muito tempo atraia polêmica.

As caricaturas do Profeta Muhammad trouxeram ameaças de morte a Charb, bem como proteção policial 24 horas antes de sua morte. Anteriormente, em 2011, também houve um ataque com bomba de gasolina aos escritórios da revista.

Por outro lado, as publicações também foram vistas como um farol para a liberdade de expressão, com muitos de seus defensores usando a hashtag #JeSuisCharlie para defendê-las.

Fonte BBC
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