Hackers divulgam dados confidenciais da vacina Pfizer

O ataque informático, com alvo na Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que regula a aprovação de vacinas na Europa, aconteceu em dezembro do ano passado. Informações foram encontradas neste mês

Um grupo de hackers divulgou na internet documentos confidenciais sobre medicamentos e da vacina Pfizer, após o ataque à rede de dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que ocorreu em dezembro de 2020.

Os prazos relacionados à avaliação e aprovação dos medicamentos e vacinas da Covid-19 não foram afetados, disse a EMA em um comunicado na terça-feira (13). A agência disse que está funcionando de forma totalmente normal e que as autoridades policiais estão tomando medidas contra a violação.

O que se sabe sobre o ataque dos hackers à vacina Pfizer?

A EMA foi alvo de um ataque de hackers no dia 9 de dezembro. A Pfizer e a BioNTech disseram no mês passado que alguns documentos que enviaram ao EMA foram acessados ​​na operação. A agência agiu rapidamente para iniciar uma investigação, em estreita cooperação com as autoridades europeias. Porém, não se sabe os detalhes da invasão, como ocorreu o ataque ou sequer quem foram os responsáveis. 

Alguns documentos apresentados pela Pfizer Inc. e BioNTech para a agência reguladora dos imunizantes - a Ema - a fim de realizar a análise regulatória do imunizante foram os alvos dos hackers. A EMA informou que irá notificar quaisquer entidades e indivíduos cujos documentos e dados pessoais possam ter sido objeto de acesso dos hackers. 

A agência divulgou as atualizações sobre o episódio de violação depois que uma empresa italiana de segurança cibernética, Yarix, disse que encontrou documentos hackeados relacionados à autorização da vacina Pfizer-BioNTech na chamada dark web.

Um suspeito invasor divulgou uma postagem em um blog que continha arquivos do EMA, incluindo mensagens de e-mail confidenciais relacionadas à produção e processos comerciais de vacinas, disse o CEO da Yarix, Mirko Gatto, em uma entrevista. As capturas de tela e os documentos na postagem fazem referência a um portal de comunicações seguras da EMA reservado para pessoal autorizado, disse o presidente da empresa.

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Pfizer no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realizou ontem (13) uma reunião com representantes da Pfizer, empresa que fabrica a vacina produzida em parceria com o laboratório BioNtech e está negociando venda de doses do imunizante para o Ministério da Saúde. Em nota, a Anvisa informou que "no encontro, representantes da Anvisa esclareceram dúvidas e orientaram os representantes da empresa sobre o pedido de uso emergencial para a vacina". A empresa é uma das quatro com testes no Brasil. 

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu condições especiais para comprar as 70 milhões de doses ofertadas ao Brasil pela Pfizer em 15 de agosto. A farmacêutica disse que negocia a venda de vacinas com o Brasil desde junho do ano passado, um mês antes de assinar um acordo confidencial com cláusulas semelhantes às que foram aceitas pela União Europeia e mais 12 países, 6 deles latino-americanos.

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