Protestos na Argentina: medidas contra o covid-19 levam manifestantes às ruas

Argentinos vão às ruas de Buenos Aires protestar contra as rígidas medidas de bloqueio do governo contra a disseminação do coronavírus.

Milhares de manifestantes realizaram diversos protestos na Argentina contra o presidente Alberto Fernandez e seus planos de estender as medidas de confinamento contra o coronavírus.

Na última sexta-feira (14) o governo argentino resolveu estender as medidas medidas de contenção na região de Buenos Aires até 30 de agosto. Após a divulgação das restrições, os manifestantes desafiaram as regras de distanciamento social e foram às ruas protestar.

Atualmente, a capital concentra 90% do número crescente de casos de coronavírus do país.

Manifestantes gritando "liberdade, liberdade" se reuniram em torno do Obelisco no centro de Buenos Aires, agitando bandeiras argentinas e entoando slogans antigovernamentais.

Além disso, os manifestantes também protestaram contra a reforma judicial planejada por Fernandez, presidente argentino, para expandir o número de tribunais federais. A mudança é  um esforço para diluir a influência de juízes suspeitos de tomar decisões por motivos políticos.

 

Protestos na argentina
Imagem: reprodução / graphical brain

Protestos na Argentina em meio a aumento de casos de coronavírus

Os protestos em Buenos Aires e em outras cidades importantes ocorreram apesar de uma recente flexibilização das restrições. Porém, o país vem lutando contra um aumento constante nas infecções.

De acordo com os dados de saúde mais recentes, a Argentina registrou quase 300.000 infecções e 5.750 mortes pelo coronavírus, enquanto relatou mais de 5.000 novos casos por dia na semana passada.

Mais cedo, Fernandez, cujos planos de reforma judicial foram uma parte fundamental de sua campanha eleitoral, pediu união em um discurso em homenagem ao líder revolucionário argentino José de San Martin.

“Vivemos um momento único da humanidade, não apenas na Argentina, onde uma pandemia está nos assediando, nos infectando, nos deixando doente, nos matando”, disse ele.

A tarefa à frente era reconstruir um país que foi "aniquilado economicamente" pelo ex-governo de centro-direita de seu antecessor, Mauricio Macri.

De acordo com Fernandez “eles deixaram para trás uma dívida impressionante, condicionaram o futuro de muitas gerações e colocaram mais de 40% dos argentinos na pobreza”.

Parafraseando San Martin, o presidente acrescentou “Unidos, tenho certeza de que vamos vencer". O governo impôs uma quarentena nacional em 20 de março, antes de abrandá-la gradualmente em grande parte do país. Bem como lançou um pacote multimilionário de ajudas sociais e empresariais para apoiar uma economia que está em recessão desde 2018.

Fonte France 24
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