Vai ter greve dos caminhoneiros em 2022? O que dizem as lideranças

O preço médio da gasolina vai sofrer um aumento de 18,8%

A Petrobras anunciou reajustes no preço do diesel e da gasolina a partir do dia 10 de março. Diante desse cenário, surge o questionamento se vai ter uma nova greve dos caminhoneiros, lembrando o episódio de 2018, durante o governo de Michel Temer. Entenda a situação de acordo com as principais lideranças da categoria. 

 

Vai ter greve dos caminhoneiros em 2022?

O preço médio da gasolina vai sofrer um aumento de 18,8%, enquanto o do diesel vai ser de 24,9%. Em meio a essa tendência de alta, vem à tona uma preocupação antiga: vai ter greve dos caminhoneiros? A categoria já dá sinais que pode acontecer uma paralisação em 2022.

O caminhoneiro Wanderlei Alves, ou Dedeco, que foi uma das lideranças do movimento em 2018, declarou que o Brasil precisa parar em protesto contra o novo aumento no preço dos combustíveis. "Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar”, disse à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. 

Ele ainda comentou que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está servindo como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras", e que os caminhoneiros e transportadoras são os primeiros a sentir o baque, mas logo os preços são repassados, penalizando todos os brasileiros. 

Já o sindicalista Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, outra figura que encabeçou a paralisação em 2018, afirmou ao O Estado de São Paulo que essa não é uma pauta só dos caminhoneiros, mas de toda a sociedade: “Como ocorreu em 2013, com as passagens de ônibus, chegou a hora de toda população protestar, pois isso vai acabar no bolso de todo consumidor”. Sobre uma possível greve do setor, ele disse que isso pode ocorrer de uma forma natural, mas não orquestrada. 

Paralisação dos caminhoneiros em 2022

Em 2018, o Brasil passou pela maior paralisação da história da categoria. A greve dos caminhoneiros foi motivada pelo aumento do óleo diesel, e durou 10 dias, começando em 21 de maio. 

Na época, a alta do combustível ocorreu devido ao aumento do dólar e do petróleo no mercado internacional. A paralisação surtiu grandes efeitos, provocando a interrupção de produção em fábricas, falta de combustíveis e disparada de preços em postos de gasolina ao redor do país. Diversas instituições de ensino também precisaram cancelar as aulas. 

Como solução para parar a greve, o governo do então presidente Michel Temer buscou atender algumas reivindicações, mas, sem a inclusão da isenção do PIS-Cofins sobre o diesel, o movimento continuou. Por fim, as Forças Armadas e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas para dispersar os pontos da paralisação nas estradas. 

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