Complexo do Ibirapuera vai ser transformado em shopping? Veja o projeto

Embora enfrente ampla rejeição popular, a ideia de conceder o Complexo do Ibirapuera à iniciativa privada deu um importante passo para sua efetivação

O projeto apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo que quer transformar o ginásio do Ibirapuera em um centro comercial vem gerando indignação e protestos por parte dos paulistas. A intenção é conceder toda a estrutura do complexo à iniciativa privada, que ficará responsável por fazer a conversão da área em um “centro comercial, de entretenimento e gastronomia”. 

Apesar de enfrentar ampla rejeição popular, o projeto deu mais um passo para ser concretizado, uma vez que o pedido de tombamento protocolado por um morador da região ainda em 2017 foi rejeitado no final de novembro pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Na prática, sem o tombamento, as construções que compõem toda a  estrutura do Complexo do Ibirapuera podem ser derrubadas. 

Mas o que é o ginásio do Ibirapuera?

O Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, também conhecido popularmente como ginásio do Ibirapuera, é uma área de 95 mil m² construída há mais de 60 anos, com equipamentos destinados a práticas esportivas e que recebem por ano competições importantes, como mundial de basquete, de vôlei e de handebol. O ginário abriga:

    Ginásio Geraldo de Almeida (Ginásio do Ibirapuera); Estádio Ícaro de Castro Mello, usado para futebol, rúgbi e atletismo; Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo; Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro; Palácio do Judô;  Quadras de tênis;  Canchas de bocha.

Além de todos os equipamentos, o Complexo do Ibirapuera ainda abriga o alojamento do Projeto do Futuro, programa estadual que já revelou diversos nomes brasileiros importantes no Judô e no Atletismo. 

Estadio ibira
Foto: reprodução/governo de são paulo

 Complexo do Ibirapuera após a privatização

Segundo o Blog Olhar Olímpico, do Uol, projeto elaborado pelo Governo do Estado prevêque o Ginásio do Ibirapuera possa ser transformado em um shopping center de 31 mil m², o que o categoriza como um empreendimento tradicional e regional do setor.

Além disso, três torres seriam construídas onde hoje fica o alojamento dos atletas e o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo. Uma delas funcionaria como “apart hotel”, a outra como hotel e a terceira seria destinada a escritórios. 

Além disso, pelo projeto, a empresa que vencesse a licitação seria obrigada a construir uma Arena Multiuso para 20 mil pessoas. Os estudos do governo estadual indicam que o equipamento poderá ser construído no Estádio Ícaro de Castro Mello, mas isso vai depender da vontade da concessionária. 

Já para continuar atendendo a demanda do uso esportivo, seriam construídas duas quadras poliesportivas e uma pista de skate street, que somariam apenas  2 mil M² do total de 95 mil que todo o complexo dispõe. O restante poderá ser usado para a empresa obter receita. 

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Atletas serão remanejados 

Caso o projeto emplaque e a área seja efetivamente concedida à administração da iniciativa privada, os atletas que atualmente estão alojados no Complexo do Ibirapuera e usam sua estrutura esportiva para treino, serão remanejados para Baby Baroni, na Água Branca, que já está há 7 anos em reforma. 

Futuro do Complexo do Ibirapuera 

Apesar de trazer todos os  indicativos em seu plano, o futuro do Complexo do Ibirapuera ainda vai depender da vontade da empresa que ganhar a licitação, que pode colocar em prático tudo o que está no plano estadual ou não, com exceção das iniciativas obrigatórias que terá que cumprir. 

Ainda de acordo com o Blog Olhar Olímpico, quando o Governo do Estado lançou o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que faz um consulta sobre a intenção de mercado para o setor, sete propostas foram recebidas pelo Complexo do Ibirapuera. Seis delas previam um centro comercial, mas só três um hotel. Outras três consideravam manter o complexo, mas substituindo o Ginásio do Ibirapuera por um novo. Também houve projetos que previam museus e até mesmo o uso residencial.

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