Economia

Novidades no PIX facilitam ainda mais a transferência de dinheiro. Confira

Usuários do sistema de pagamentos instantâneo poderão integrar a agenda de seus contatos do celular ao sistema

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Se você já usa o PIX, o novo meio de enviar e receber dinheiro no País, saiba que o Banco Central divulgou no último dia 18 uma nova funcionalidade no sistema. Há novidades no PIX. Agora vai ser possível integrar os aplicativos do PIX oferecidos pelos bancos com a lista de seus contatos no celular.

Na prática, vai ficar mais fácil identificar quem já está cadastrado no PIX e ofereceu como chave o número de seu celular. Dessa forma, quando você quiser enviar dinheiro para a conta de um deles, bastará acessar o aplicativo do banco e inserir o número do celular do favorecido.

Em segundos, sem precisar informar banco, agência, ou outros dados, o dinheiro é creditado ao beneficiário em questão. Você recebe o aviso de quem receberá o dinheiro e para dar continuidade à operação, deve fazer uma confirmação.

Essa novidade do PIX foi trazida pela Resolução nº 79, publicada pelo BC na última quinta-feira, 18.  Mas, além dela, há mais duas trazidas pela mesma legislação.

Outra novidade no PIX é que bancos, fintechs, instituições financeiras participantes do PIX, não podem fixar limites para o número de operações realizadas. Seja de envio ou de recebimento de dinheiro. O Banco Central tomou essa decisão para que o PIX tenha condições de igualdade para competir com outros sistemas, como a TED ou o DOC, que não impõem esses limites.

E a outra está ligada à mudança de nome do usuário sem a necessidade de registrar novamente uma chave. Essa condição facilita a vida, por exemplo, de quem muda de nome com o casamento, ou de uma empresa que alterar o nome fantasia do estabelecimento.

Veja as vantagens e se cadastre no PIX

O fato é que, depois que o PIX começou a funcionar, não faz o menor sentido continuar transferindo dinheiro de uma conta para outra usando a TED ou o DOC. Senão por outros motivos, pelo simples fato de que a transferência é gratuita pelo novo sistema de pagamentos.

Mas não é só isso, a movimentação é instantânea, em até 10 segundos o dinheiro muda de dono. O sistema funciona nos sete dias da semana e por 24 horas. A qualquer hora do dia ou da noite é possível fazer um PIX para um pagamento ou uma transferência. E você poderá acessá-lo por meio de um aplicativo, do banco em que tem conta.

Para que os recursos encontrem o destino certo, basta informar a chave que o beneficiário registrou no PIX. Essa chave pode ser o número do CPF, do telefone celular ou o endereço de e-mail. Não precisa informar nem nome, nem banco, nem agência ou número de conta corrente.

É muito prático e seguro todo o processo. Antes da efetivação do envio, você receberá a informação do beneficiário. Seu nome e CPF vão aparecer na tela, do celular ou computador, e você terá de dar OK para confirmá-los e dar continuidade ao envio.

Após a conclusão da operação, um comprovante é enviado tanto para você como para quem recebeu o dinheiro. Assim, quem já tem o PIX deve incentivar seus fornecedores ou credores a aderir ao sistema de modo a ter um benefício cada vez maior na movimentação do dinheiro.

Importante lembrar que o PIX é totalmente gratuito para pessoas físicas, empresários individuais e microempresários individuais (MEIs). No entanto, poderá ser cobrado quando forem operações comerciais.

Segundo o BC, quando o correntista receber mais de 30 PIX em um mesmo mês o uso comercial é considerado a partir da 31º operação, quando então haverá cobrança.

Ou também quando o correntista usar o sistema de QR Code dinâmico para validar a operação, uma vez que ele será destinado somente a transações comerciais.

Está a critério de cada banco definir se vai cobrar e quanto vai cobrar pelas operações do PIX das empresas. Muitas instituições financeiras concederam isenção de tarifa tanto ao cliente pessoa física como jurídica.

Fraudes

Mas como nem tudo são flores, já surgiram alguns tipos de fraude envolvendo o PIX.

Como explica Ralf Germer, presidente da PagBrasil, fintech de processamento de pagamento para e-commerce, “estelionatários clonam o WhatsApp de alguém e pedem uma quantia a algum amigo ou familiar, alegando urgência. Por se tratar do mesmo número de telefone, o indivíduo não percebe que é um golpe e realiza a transferência. Na maioria das vezes, mesmo com a abertura de um Boletim de Ocorrência na polícia, não é possível identificar a origem da conta bancária nem recuperar o valor”.

Desconfie, portanto, de pedidos com urgência feitos supostamente por pessoas próximas, certifique-se com o próprio interessado se houve de fato a solicitação antes de enviar o dinheiro.

O executivo esclarece que os golpistas costumam se passar por funcionários de instituições bancárias e enviar mensagens com links falsos para cadastros de dados pessoais que são essenciais para o uso do PIX.

Assim, ele orienta para nunca clicar em links desconhecidos e suspeitos, especialmente recebidos pelo WhatsApp, SMS e outras redes sociais, e-mail. Evitar também compartilhar dados sensíveis como senhas e número de cartão de crédito. O mais indicado é ligar para o banco e pedir informações ao gerente para certificar-se se a comunicação é ou não do banco.

A cada novidade do PIX. o sistema vem ganhando novas funcionalidades, facilitando e gerando economia para quem precisa transferir dinheiro ou fazer algum pagamento.

Quanto o Pix irá cobrar das empresas? 

Última modificação em 26/07/2022 23:10

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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