'Não é homem', 'facínora' e os insultos entre Doria e Bolsonaro

João Doria e Bolsonaro se ofenderam nesta sexta-feira (15), devido a atual crise hospitalar em Manaus.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), trocaram farpas nesta sexta-feira (15), em meio a crise no sistema de saúde público. Em entrevista coletiva durante esta manhã, realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Doria comentou sobre a situação na cidade de Manaus, que sofre com a falta de leitos hospitalares e oxigênio para paciente que lutam pela vida contra a Covid-19.

Doria chamou  Bolsonaro de "facínora" e afirmou que a situação é o "fim do mundo". O político se exaltou ao comentar uma notícia veiculada pela CNN Brasil, sobre 60 bebês prematuros que precisariam ser transferidos por causa do oxigênio.

"Nós acolheremos todos os bebês que puderem ser transportados. Para quem é pai, quem é mãe... a irresponsabilidade do governo Bolsonaro me choca, desculpe", afirmou Doria.

Mais tarde, o atual presidente da República fez questão de rebater aos comentários do governador de São Paulo ao vivo e em rede nacional. Em entrevista ao programa de televisão, Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Bolsonaro disse que Doria "não é homem".

"Ele quer jogar a responsabilidade para cima de mim? Será que ele tem coragem, que homem ele não é, nós sabemos que esse pilantra não é homem", declarou.

 

Bolsonaro responde Doria em rede nacional

Ainda em sua entrevistada dada ao jornalista José Luiz Datena, Bolsonaro disse que Doria é "um moleque". "Com palavras de baixo calão, como esse governador está falando, me chamando de facínora, isso é coisa de irresponsável. É um cara que está morto politicamente em São Paulo. Ele não sai na rua em São Paulo. Não vai na padaria comprar um pão, não vai na praia. Não tem mais prestígio para absolutamente nada", disse.

Com a falta de cilindros de oxigênio no estado do Amazonas, Bolsonaro afirmou ainda nesta sexta-feira (15), que o governo federal "fez sua parte" para conter a situação da região, antes mesmo de ser calamidade pública. Em contrapartida, Doria culpa o governo de Bolsonaro pelo ocorrido.

Campanha para ajudar manaus
A meta inicial da campanha era de r$ 30. 000,00. Ontem (14), as entidades anunciaram que já arrecadaram r$ 340. 617,80 (foto: reprodução @borajudar)

Mais cedo, Bolsonaro usou seu perfil no Twitter para publicar uma imagem com dados reproduzidos do Portal da Transparência sobre recursos destinados a Manaus, em uma tentativa de desassociar o governo federal da repercussão do colapso na capital amazonense.

Bolsonaro citou que as Forças Armadas estão mobilizadas para dar assistência ao sistema público de saúde, que em colapso, enfrenta problemas graves como a falta de vagas em UTI e insuficiência de abastecimento de oxigênio em cilindros. O oxigênio é fundamental para o tratamento de coronavírus.

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