Coronavírus: vacina russa avança e produz resposta imune

A chamada vacina “Sputnik-V” produziu uma resposta de anticorpos em todos os participantes, segundo a revista médica The Lancet.

A vacina russa avança e traz novas esperanças.  De acordo com uma pesquisa publicada na revista médica The Lancet nesta sexta-feira (4), os pacientes envolvidos nos primeiros testes da vacina contra o coronavírus desenvolveram anticorpos "sem eventos adversos graves".

A chamada vacina "Sputnik-V" produziu uma resposta de anticorpos em todos os que participaram dos testes iniciais. 

No entanto, os especialistas expressaram cautela, dizendo que os testes eram pequenos demais para provar a segurança e eficácia.

 

Vacina russa avança
Imagem: reprodução / fernando zhiminaicela

Vacina russa avança a passos curtos

Naor Bar-Zeev, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, que não esteve envolvido na pesquisa, disse que os resultados do estudo foram um passo "encorajador, mas pequeno". 

O professor acrescentou que não há quaisquer dados sobre grupos de idade avançada. Segundo ele,  esse grupo é o mais vulnerável ​​ao vírus que matou quase 900 mil pessoas em todo o mundo.

"Mostrar segurança será crucial com as vacinas de covid-19, não apenas para a aceitação, mas também para a confiança na vacinação em geral", disse ele no The Lancet.

De acordo com Bar-Zeev, “uma vez que as vacinas são administradas em pessoas saudáveis ​​e, durante a pandemia de covid-19, potencialmente a todos após a aprovação dos ensaios de fase 3, a segurança é primordial”.

 

Preocupações com a velocidade

A Rússia anunciou no mês passado que o "Sputnik-V" já havia recebido luz verde. Mas, isso causou preocupações entre os cientistas ocidentais sobre a falta de informação. Bem como acharam perigoso uma vacina receber aprovação de forma tão rápida quanto essa.

Contudo, o país denunciou a reação como uma tentativa de minar seu trabalho.

 

Vacina russa avança
Imagem: reprodução / alfonso cerezo

Vacina russa avança em dois pequenos grupos

Na análise, pesquisadores russos relataram dois pequenos grupos. Cada grupo envolvia 38 adultos saudáveis ​​com idade entre 18 e 60 anos, que receberam uma imunização em duas partes.

Cada participante recebeu uma dose da primeira parte antes de receber um reforço 21 dias depois.

Os voluntários foram estudados cuidadosamente durante 42 dias e todos desenvolveram anticorpos nas primeiras três semanas.

 

Brasil pronto para testes

A empresa brasileira Tecpar assinou um acordo para produzir a vacina russa. Além disso, declararam na sexta-feira (28) que planejam realizar testes de fase 3 em 10 mil voluntários no país no início do próximo ano.

De acordo com Jorge Callado, chefe do instituto de tecnologia do Paraná, a aprovação do ensaio será solicitada à ANVISA até o final de setembro e as doses serão importadas para os testes.

Fonte DW
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