Eleições na Bolívia: boca de urna dá vitória a Luis Arce

Após um ano da fraude nas últimas eleições bolivianas, Luis Arce, apoiado pelo ex-presidente, Evo Morales, tem vitória estimada segundo pesquisas de boca de urna após a votação que aconteceu no último domingo (18) no país.

Após serem anuladas por suspeita de fraude, as eleições na Bolívia aconteceram no último domingo (18). E as pesquisas de boca de urna do Instituto Ciesmori, divulgada pela emissora Unitel, deu a vitória a Luis Arce, do partido Movimento para o Socialismo (MAS), com 52,4% dos votos. Arce tem como apoiador o ex-presidente, Evo Morales.

Carlos Mesa, adversário de Arce pela coligação Comunidad Ciudadana (CC), que estava nas projeções das eleições na Bolívia com 31,5%, assumiu a derrota, juntamente com a presidente interina do país, Jeanine Añez, que assumiu o comando do país na ocasião da crise política acometida ano passado.

Em terceiro lugar, vinha Luis Fernando Camacho, conhecido como “Bolsonaro Boliviano” e um dos líderes da revolta durante as eleições na Bolívia contra Morales ano passado, com 14%.

Pronunciamento após votação

A notícia foi divulgada no país após a meia-noite desta segunda (19), em meio a incertezas e tensões após um dia de votação que transcorreu com tranquilidade.  “Recuperamos a democracia e a esperança”, disse Arce. “Vamos construir um processo de mudança aprendendo com nossos erros”, finalizou.

Fraudes nas eleições da Bolívia

A votação que aconteceu há um ano foi recheada de incidentes. Os problemas começaram na própria noite de eleições quando o STE (Supremo Tribunal Eleitoral) suspendeu a contagem de votos quase no final, com 83% apurados. As projeções mostravam que haveria um segundo turno entre Evo Morales e Carlos Mesa. No dia seguinte, com a apuração retomada em 95%, novamente os indícios davam que Morales continuaria o mandato.

A pausa do processo de contabilização dos votos e a retomada rápida e desigual, favorecendo Morales, despertou suspeitas da oposição. As dúvidas referentes ao processo levaram os bolivianos às ruas e a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a União Européia pediram que fosse realizado um segundo turno. Contudo, Evo Morales, insistiu em sua vitória e em sua inocência, instigando seus apoiadores que defendessem a democracia

Oposição e apoiadores do até então presidente se enfrentaram nas ruas e os confrontos deixaram centenas de mortos e feridos. Em pouco tempo, Morales se declarou vencedor, denunciou um golpe de Estado, perdeu apoio das Forças Armadas e acabou renunciando ao cargo.

Ex-presidente segue exilado

O ex-presidente, Evo Morales, segue exilado na Argentina e suspeito de comandar a fraude no pleito de 2019, mas pretende voltar ao seu país de origem.

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