Papa Francisco afirma que irá tomar a vacina contra a Covid-19

A imunização no chefe supremo da Igreja católica deverá ocorrer na semana que vem. Papa ainda criticou o “negacionismo suicida” daqueles que questionam a eficácia do imunizante.

O Papa Francisco, 84, afirmou que irá tomar a vacina contra a Covid-19 e criticou quem se opõe à vacinação. As declarações foram dadas em entrevista à rede Canale 5, neste sábado (9). Neste mesmo dia, o médico pessoal de Francisco morreu por complicações da doença.

 

Papa Francisco faz críticas a negacionistas da eficácia da vacina

A vacinação contra a Covid-19 no Vaticano deve começar na semana que vem. O país emitiu um comunicado no dia 2 de janeiro que os imunizantes começariam a ser distribuídos a partir da segunda quinzena deste mês. Em entrevista ontem (9), o Papa confirmou a informação: “Na próxima semana começaremos [a vacinação], já tenho minha data", disse o Pontífice. "Temos que fazê-lo", insistiu Francisco, para quem "há um negacionismo suicida que não consigo explicar".

 

“Eu acredito que, eticamente, todo mundo deve tomar a vacina. É uma opção ética porque você aposta na sua saúde, na sua vida, mas também na vida dos outros”, argumentou na entrevista. "Não sei por que alguns dizem 'não, a vacina é perigosa', mas se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta riscos particulares, por que não fazê-lo?", questionou o Pontífice.

 

Vacinação contra a Covid-19 no Vaticano

Em 31 de dezembro, o Vaticano comunicou que havia comprado 10.000 doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, que teve eficácia de 90% e já vem sendo aplicada em diversos países. Serão imunizados tanto a Cúria Romana, como funcionários do Vaticano e pessoas atendidas pelo Fundo de Assistência Sanitária.

 

Papa Francisco desaprova atitudes de Donald Trump

Na entrevista, o papa ainda falou sobre a invasão ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano, ocorrida na última quarta-feira (6). Defendeu que pessoas que trabalham contra a democracia devem ser condenadas, independentemente de quem elas sejam. Além disso, afirmou lições devem ser aprendidas sobre a invasão do congresso por apoiadores do presidente Donald Trump. Ele alegou que é importante compreender o que deu errado e aprender com a história.

 

"Fiquei estupefato porque se trata de um povo tão disciplinado na democracia", afirmou. “Sim, isso deve ser condenado, esse movimento, não importa quem esteja envolvido nele", seguiu. Francisco disse também que "nos ambientes mais evoluídos sempre há algo que não funciona" e que há pessoas "que tomam um caminho contra a comunidade, contra a democracia, contra o bem comum".

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