Horário de verão vai voltar em 2025? Veja 6 motivos para ser retomado

Medida foi suspensa em 2019 por Jair Bolsonaro

Desde abril de 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto nº 9.772, o horário de verão foi oficialmente extinto no Brasil. A época, a razão legada foi a perda de eficácia da medida em termos de economia de energia, em função das mudanças dos hábitos de consumo da população.

Hoje, com a questão energética e a crise de estiagem, o governo federal volta a avaliar a possibilidade de retorno em 2025. Tradicionalmente, o período começava na primavera.

Economia de energia elétrica

O principal argumento favorável ao horário de verão continua sendo a redução do consumo de energia elétrica nos períodos de maior demanda, especialmente no início da noite, quando a luminosidade natural ainda contribui para adiar o uso de iluminação artificial.

Em momentos de seca ou com reservatórios baixos, como os que o Brasil enfrenta, essa economia tem um papel reforçado para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico.

Maior confiabilidade do sistema elétrico

Com termelétricas mais acionadas devido à escassez de água nas hidrelétricas, qualquer medida que ajude a redistribuir ou “aliviar” o pico de demanda é bem-vinda. O horário de verão pode ajudar a diminuir a necessidade de despachos emergenciais de usinas térmicas, que costumam ter custo mais alto e impacto ambiental maior.

Bom para o comércio, lazer e setor de serviço

Mais horas de luz no fim da tarde favorecem comércio, bares, restaurantes e turismo, que se beneficiam do público fora de casa com iluminação natural mais tardia. Esse estímulo pode gerar aumento nas vendas e movimentação econômica local. Além disso, setores de entretenimento e lazer urbano tendem a se fortalecer com mais luz no fim do dia.

Impacto positivo em segurança pública e trânsito

Alguns estudos e especialistas apontam que o horário de verão, ao proporcionar mais luz natural no fim do dia, pode contribuir para a redução de acidentes de trânsito e também para melhorar índices de criminalidade à noite, já que áreas bem iluminadas tendem a ter menos ocorrências.

Qualidade de vida e uso do tempo livre

Com o sol se pondo mais tarde, há maior possibilidade de que as pessoas aproveitem atividades físicas, lazer, convívio social no fim do dia. Isso pode trazer benefícios para saúde mental, bem-estar e até para economia doméstica, menos gasto com luz, por exemplo.

Sustentabilidade das contas públicas e tarifas

Menos uso de energia em horários de pico pode implicar menor custo para manter o sistema elétrico. Com tarifas mais controladas e menos necessidade de acionamento de fontes mais caras ou emergenciais, pode haver efeitos positivos para as contas do governo e para os consumidores.

O horário de verão vai voltar ou não?

Em 2019, estudos do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicavam que os ganhos de economia elétrica haviam diminuído muito, chegando praticamente à neutralidade, por conta de mudanças de hábitos de consumo (como uso de ar-condicionado, iluminação mais eficiente, novos horários de atividades).

O pico de consumo deixava de ser exatamente no início da noite (quando a luz natural poderia compensar parte do consumo), e passava a ocorrer mais cedo, no período da tarde, quando o horário de verão tem menor impacto.

Segundo o governo, também se considerou o impacto sobre o relógio biológico das pessoas, saúde, adaptação, produtividade, custos de transição, etc.

No entanto, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Ministério de Minas e Energia com o ministro Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário de verão está em avaliação interna como alternativa para aliviar o sistema elétrico, especialmente em períodos de estiagem.

Mas não há definição, nem prazo certo para a retomada. Há também reconhecimento de que não é a única medida considerada para enfrentar os desafios energéticos.

Fatores que serão determinantes incluem: o nível dos reservatórios das hidrelétricas, o índice pluviométrico, o custo de implementação, o impacto sobre a saúde da população, além de como o horário afetaria diferentes regiões do país

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