Inflação: entenda os impactos em sua vida e investimentos

Quando é preciso começar a se preocupar com o aumento de preços?

Saiba o que é preciso considerar na medição da inflação e como ela pode afetar até mesmo os seus investimentos.

A inflação medida pelo IPCA em agosto foi de 0,24%, menor que a de julho, mas, ainda assim, provocou certa preocupação. Por que isso acontece? Porque falar em inflação é falar em aumento de preços de produtos e serviços. E se ela aumenta, mas os salários não aumentam junto, o que acontece é a perda do poder de compra. Como fazer neste caso? Como isso impacta sua vida e investimentos?

Primeiramente, saiba que o País tem uma meta para a inflação. Essa meta é estabelecida de tempos em tempos para que que o governo possa usar ferramentas de controle para manter o equilíbrio. A meta central para 2020 é de 4%, de forma que o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 5,5% sem que esta meta seja descumprida. Por enquanto ele está em 2,4%.

O que acontece é que, por conta da pandemia, houve um aumento nos preços dos alimentos, principalmente os mais importantes da cesta básica. Só o arroz subiu 19,2% em oito meses. Porém, é preciso lembrar que o índice inflacionário em si considera vários outros itens. O grupo alimentação é apenas uma parte do IPCA e dos índices de preços ao consumidor. Em agosto, por exemplo, houve queda de 3,47% nos gastos com Educação e isso trouxe um equilíbrio.

 

Como a inflação influencia sua vida?

 

Além da perda do poder de compra como já falamos, a inflação influencia uma série de coisas. Os preços no atacado, medido pelo IGP-M e seu componente de preços ao produtor por exemplo, acabam influenciando o valor dos aluguéis; e em 12 meses o percentual chega a 15%. Mas, por enquanto, a inflação específica do aluguel residencial está em 3,09% em 12 meses, o que é explicado por toda a situação de crise econômica causada pela pandemia. Não dá para aumentar sem demanda.

Os repasses de preços, por enquanto, também têm se concentrado nos preços de alimentos, mas é natural que isso cause preocupação. Outro item é o salário mínimo, que tem reajuste menor quando a inflação está mais baixa e vice-versa. Neste caso, o governo sai ganhando ao gastar menos.

Seus investimentos e a inflação
Imagem: reprodução / unsplash

Como ficam os investimentos quando a inflação cai ou sobe?

 

Finalmente, vamos falar em investimentos. É super importante considerar a inflação neste caso pois, dependendo de como ela estiver, pode até deixar suas aplicações no vermelho.

A poupança, por exemplo, já perde para a inflação. E é preciso sempre descontar esta parte do rendimento bruto de qualquer aplicação, já que em todas o rendimento e o poder de compra de qualquer montante também deve considerar o aumento de preços na economia. Caso contrário, você não saberá quais os ganhos reais que obteve.

Finalmente, existem alguns investimentos que são atrelados ao IPCA. Estes são aqueles que visam garantir rentabilidade superior à da inflação, já que seguem o índice. Resumindo: são investimentos para quem quer manter o poder de compra. Há desde títulos do governo (Tesouro IPCA) até fundos diversos e debêntures incentivadas. 

Lembre-se, porém, que se a tendência para a inflação for de baixa, estes investimentos podem não ser a alternativa mais recomendada. Avalie o cenário, seu perfil e as alternativas antes de aplicar o dinheiro.

 

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