Via Varejo lança fundo de R$ 200 mi com foco em startups

Varejista quer se tornar um haras de unicórnios, as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão em valor de mercado

A Via, novo nome adotado pela Via Varejo, se movimenta rumo à criação de um ecossistema própria de startups. A empresa anunciou, na segunda-feira, 26, a criação de um fundo de R$ 200 milhões de corporate venture capital (CVC) com foco no investimento em startups ao longo dos próximos cinco anos. 

Durante o evento Via Investor Day, o executivo Helisson Lemos, vice-presidente de Inovação Digital e Recursos Humanos da varejista, relembrou a criação do Via Hub, plataforma de investimentos da empresa. “Temos foco em soluções para crediário, logística, omnicanalidade, sortimento 1P, marcas e base de clientes”. 

Lemos afirmou que a Via espera ser um “haras de unicórnios”, ou seja, startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão em valor de mercado. No entanto, o executivo da Via não deu mais detalhes deste objetivo da varejista, tampouco explicou como a empresa pretende alcançar essa meta. Vale lembrar que, hoje, o Brasil tem 16 unicórnios.

Atualmente, a Via Varejo dispõe de conexões com o mercado investidor em startups e empresas de inovação e tecnologia. Em 2020, a marca se tornou sócia do hub de inovação Distrito, plataforma que promove transformação corporativa  por meio da conexão com startups e cultura empreendedora. A parceria permitiu à Via acesso a 300 startups.

Novo logo da via varejo
Novo logotipo da via, antiga via varejo. Ilustração: divulgação

No domingo, 25, a Via anunciou a aquisição da fintech Celer, plataforma que ampliará os serviços financeiros disponibilizados aos vendedores do marketplace da Casas Bahia. Roberto Fulcherberguer, CEO da varejista, disse que novas aquisições aceleram o crescimento da Via e que novas compras poderão ser feitas no curto prazo. 

Além da Via Varejo

A varejista não é a única a investir em startups e tecnologia. A Magazine Luiza está em um movimento crescente de aquisições de startups e empresas de tecnologia nos últimos meses. Recentemente, a varejista anunciou a conclusão da compra da SmartHint Tecnologia. A empresa foi apresentada pela varejista ao mercado como “um dos maiores sistemas de busca inteligente e de recomendação de compra para e-commerce do Brasil”.

No final de março, a varejista anunciou a compra das startups ToNoLucro e GrandChef, ambas focadas em delivery. A ToNoLucro, mais conhecida por seu aplicativo de mesmo nome, tem atuação forte no norte do País. Está, atualmente, em 40 cidades de Goiás, do Pará e do Tocantins, com cinco mil restaurantes cadastrados e dois mil entregadores ativos.

A GrandChef vai um pouco além. A startup tem como objetivo auxiliar na gestão de restaurantes, integração com plataformas de delivery e gestão financeira e controle de estoque. Hoje, tem três mil restaurantes cadastrados em 25 Estados brasileiros.

Também em 2021 a empresa comprou a VipCommerce, startup focada na digitalização de supermercados. Em 2020, o Magazine Luiza comprou 11 empresas, como o sebo digital Estante Virtual, o site de tecnologia Canaltech, a escola de marketing DigitalCom School e a fintech Hub, ratificando a diversificação de seus investimentos.

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