Ibovespa hoje: abre em baixa, com piora do clima político e saúde

Queda também é reflexo da contaminação pela preocupação com o cenário externo, onde o temor por novas restrições aumenta

O Ibovespa hoje abriu em leve queda nesta quinta-feira, ainda pressionado pelos desdobramentos da pandemia tanto na esfera política quanto na área da saúde e na economia. Ainda está no ar a fala do presidente da Câmara, Arthur Lira, que, ontem, após a reunião do governo com o Legislativo e o Judiciário para buscar soluções para conter o agravamento da crise gerada pela covid-19, de que "erros na pandemia podem gerar remédios 'fatais' no Congresso, elevando a tensão política.

Nas entrelinhas da fala de Lira há quem enxergue um claro ao Palácio do Planalto, ainda que o presidente da Câmara não tenha citado um eventual processo de impeachment do presidente.

Junte-se à tensão politica os 301 mil mortos pela covid-19, número que deixa o Brasil atrás apenas dos Estados Unidos, sem que o Ministério da Saúde apresente um programa efetivo de combate ao crescimento da pandemia.

Confiança do comércio cai ao menor nível desde maio de 2020

Ibovespa hoje, 25 de março de 2021

No campo econômico duas notícias ruins hoje: a prévia da inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgada hoje pela manhã, apontou aceleração de 0,93% em março.

O resultado é o maior para um mês de março desde 2015, quando o índice foi de 1,24%. Também pela manhã, o Banco Central mostrou uma visão mais negativa para o crescimento da economia em 2021 ao revisar para baixo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 3,8% para 3,6%, em seu Relatório Trimestral de Inflação (RI).

Às 10h15 (horário de Brasília), o índice recuava 0,61%, aos 111.379 pontos.

O viés negativo da abertura também reflete a contaminação do cenário externo, em meio a receios com novos lockdowns na Europa para conter a disseminação da covid-19.

Nesta quinta-feira, o mercado também está de olho na reunião de líderes da União Europeia que discutirão a situação epidemiológica na Europa e a agenda de vacinação, com possibilidade de interromper exportações de vacinas.

O dólar opera em alta de 0,69%, a R$ 5,678 na compra e R$ 5,679 na venda.

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