Investir em imóveis: será que é a melhor opção para você?

Entender questão da liquidez e dos gastos recorrentes são pontos essenciais a considerar.

Além da compra direta de imóveis, outra alternativa é o investimento via fundos imobiliários.

Está com dinheiro sobrando e pensa em investir em imóveis? Então procure entender um pouco mais sobre a alternativa antes de colocar dinheiro nela. Provavelmente você já deve ter ouvido muita gente dizer que imóvel é algo que sempre valoriza. Mas será que é verdade mesmo? O que considerar?

Primeiramente, não estamos falando em compra de um imóvel para quem quer a casa própria. Esse é outro assunto que considera não apenas a questão financeira. O que tratamos neste texto é o investimento em imóveis. Ou seja, você colocar aquele dinheiro que conseguiu poupar até agora em uma casa, apartamento ou qualquer outro bem similar visando ganhar com ele.

Para Thiago Martello, da Martello EF, o primeiro passo para quem quer investir em imóveis é saber quanto provavelmente você receberia de aluguel. “Por exemplo, se você compra uma casa de R$ 500 mil para alugar por R$ 2.500, estamos falando em 0,5%”, explica. O cálculo é o seguinte: Pegar o preço do aluguel, dividir pelo preço do imóvel e depois multiplicar por 100. 

“Ao fazer isso, muitas vezes a pessoa toma um susto, porque encontra percentuais como 0,14%, 0,17%, 0,23%. E aí começa a comparar com a rentabilidade de produtos de investimento”, explica. Thiago também acrescenta que o aluguel não rende juros compostos e que qualquer valorização do imóvel também significa, no mundo ideal, pagamento de imposto sobre ganho de capital. “E se o imóvel desvalorizar no ano seguinte, o governo não devolve o dinheiro”. 

 

Ao investir em imóveis, considere gastos extras e liquidez

 

Outro ponto importante para quem quer investir em imóveis é a questão da liquidez. Isso porque, caso precise do dinheiro, pode não ser tão fácil vender a propriedade rapidamente. É diferente, portanto, de estar com o valor investido em opções mais líquidas. 

Além disso, caso o proprietário não consiga alugar o imóvel rapidamente, será preciso arcar com despesas de condomínio, IPTU e taxas básicas de água e luz. Ou seja, é preciso entender direito essas características antes de investir.

Investir em imóveis
Imagem: reprodução / unsplash

Fundos imobiliários são alternativa?

 

Quem quer investir em imóveis também tem como alternativa colocar o dinheiro em fundos imobiliários. “Neste caso a pessoa diversifica e consegue investir em imóveis nos quais não conseguiria sozinho, como uma cota de um shopping por exemplo. Sem contar que existe alguém fazendo a gestão”, explica Thiago, da Martello EF. Ele ressalta, porém, que é preciso ter perfil para aguentar eventuais oscilações relacionadas à valorização das cotas dos fundos.

De acordo com a B3, em agosto deste ano, o número de investidores pessoa física em fundos imobiliários chegou a 1 milhão, uma alta histórica de 60% desde o começo de 2020. Entretanto, um estudo da XP Investimentos mostrou que a maioria dos gestores observa a desaceleração da economia como o maior risco da indústria de Fundos Imobiliários para 2021, principalmente pelo impacto que a Covid-19 pode causar na economia brasileira.

É preciso considerar, portanto, que os fundos imobiliários variam conforme a expectativa da taxa de juros e a vacância potencial dos imóveis. Ou seja, se a Selic subir pode ser que determinado fundo hoje rentável não seja mais tão atrativo. Neste caso, os investidores vendem e o valor das cotas cai. 

 

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1 comentário
  1. Avatar de cassio
    Cassio Diz

    Matéria muito boa! Contrariando nossos pais, nem sempre imóvel é um bom investimento!

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