Amapá: por apagão, estado deixa de contabilizar novos casos de covid-19

Estado do Amapá está sem luz há uma semana e, com isso, não é possível atualizar Ministério da Saúde sobre novos casos de coronavírus. Crescimento de contaminação antes do apagão preocupa órgãos de saúde.

O apagão que acontece no Amapá há pelo menos sete  dias vem preocupando a saúde pública no estado. Com a queda no sistema elétrico há uma semana, cerca de 13 cidades seguem sem luz, prejudicando, assim, o sistema de controle de novos registros de pacientes com suspeita de coronavírus. O governo do Estado não envia boletins atualizados ao Ministério da Saúde pelo menos há cinco dias.

Por conta de apagão, não há controle de novos infectados por coronavírus

Sem os dados, a pasta não sabe dizer como está o andamento da pandemia no estado - o que interfere também no planejamento e adequação do tratamento para as pessoas que já estão infectadas e as que procuraram as unidades de saúde com os sintomas: "Por causa do apagão, temos um limbo de informação que ainda não conseguimos acessar, sobre casos que, por exemplo, procuraram unidades básicas de saúde", disse o secretário estadual de Saúde, Juan Mendes Silva.

Amapá é um dos estados que contaminação ainda cresce

Dos 16 municípios do Amapá, 13 estão ainda sofrendo com o apagão. O abastecimento está sendo reestabelecido de forma gradativa em áreas hospitalares sem o rodízio de seis horas que foram estabelecidos anteriormente. Na região central da cidade e Macapá e nas periferias, há registro de crescimento de casos de contaminação pela covid-19 cerca de três semanas antes da falta de luz generalizada. No final do mês passado, haviam sido registrados 1.883 casos e 10 mortes. Até a última quarta-feira (5), 751 amapaenses haviam morrido com o vírus.

Surto de doenças após apagão

A pressão no sistema de saúde do Amapá vem também sobre os cuidados da população com higiene, já que não há água para lavagem ou consumo - quem não consegue comprar por conta própria fica na dependência de doações, poços artesianos e do Rio Amazonas. O governo do estado prevê, com isso, surto de casos de doenças provocadas por diarreia, já que há precariedade nas condições dos alimentos também.

  A queda do sistema de energia do Amapá foi provocada por um incêndio em uma subestação que interrompeu as bombas de distribuição de água. Na ocasião, houve a tentativa de usar geradores para retomar o serviço

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