TikTok banido: depois de Índia e Japão, EUA também querem proibir app chinês

O presidente Donald Trump disse que estuda a possibilidade de vetar o uso da rede social no país em nome da segurança nacional.

Nesta quarta-feira (29), o presidente americano Donald Trump informou que o TikTok pode ser banido do país. O governo estuda a possibilidade por considerar que há chances do app acabar sendo usado pela China como ferramenta de espionagem.

O TikTok se tornou um dos aplicativos mais famosos de 2020 e virou febre entre jovens de 15 a 29 anos. Além disso, influenciadores digitais utilizam amplamente a plataforma. Estima-se que o app tenha cerca de um bilhão de usuários em todo o mundo atualmente.

A proibição do aplicativo chinês seria uma resposta ao receio do governo americano de que o Partido Comunista Chinês possa se apropriar de informações dos usuários para tramar contra o país.

De acordo com o jornal Daily Mail, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que o futuro do aplicativo chinês nos Estados Unidos está sendo avaliado pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros. O órgão é responsável por checar riscos à segurança nacional em acordos internacionais.

Esse movimento ocorreu depois que os funcionários da campanha do candidato à presidência Joe Biden foram proibidos de usar o TikTok. A justificativa assinalou preocupações com questões de segurança e privacidade.

Como resultado, o TikTok pode ser banido parcial ou totalmente dos Estados Unidos - que contabiliza cerca de 80 milhões de usuários do app por mês. O governo também pressiona a ByteDance, que controla o aplicativo chinês, para a liberação da rede social para que passe a operar como uma companhia americana.

Alguns investidores da empresa avaliam que uma possível oferta pública do TikTok poderia chegar a US$ 50 bilhões.

 

TikTok foi banido também em outros países

Tiktok banido de vários países
Foto: reprodução

Não são só os Estados Unidos que querem proibir o uso do aplicativo. Na Índia, por exemplo, o TikTok foi banido completamente, assim como outros 100 apps chineses. A ação foi resultado de tensões que ameaçam as fronteiras entre os dois países.

A Austrália também solicitou recentemente a proibição da redes social, alegando razões de segurança nacional. No Reino Unido, a empresa desistiu dos planos de construir uma sede global que resultaria em 3 mil postos de empregos. Enquanto isso, no Japão, um grupo de legisladores do Partido Liberal Democrata quer vetar tanto o TikTok quanto outros aplicativos chineses.

 

A resposta do TikTok

 

De acordo com o Daily Mail, a empresa que controla o aplicativo chinês não tem ligação comprovada com o governo do país. Ainda assim, o fundador da ByteDance, Zhang Yiming, já apoiou publicamente "valores socialistas". Além disso, críticos dos EUA alertam para o fato de que a empresa não pode se recusar, legalmente, a entregar dados ao governo se forem solicitados.

Por outro lado, o TikTok argumenta que não opera na China e que, por isso, suas informações não estão sujeitas à lei chinesa.

O CEO do TikTok, Kevin Mayer, afirmou que a companhia não aceita publicidade política e, tampouco, tem uma agenda. “Nosso único objetivo é permanecer uma plataforma dinâmica e vibrante para que todos possam desfrutar", disse.

Mayer também anunciou que o aplicativo chinês segue uma política de transparência e que deve divulgar mais sobre seus algoritmos internos.

Através da Daily Mail
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