Bolsonaro é vaiado no Congresso e rebate: 'nos encontramos em 22'

O presidente Jair Bolsonaro abriu os trabalhos no Congresso Nacional nesta quarta-feira (03/02) com agitação no Senado. Ele foi chamado de “fascista” e “genocida” por alguns parlamentares que estavam presentes no plenário.

A presença de Jair Bolsonaro na abertura dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional, nesta quarta-feira, 3 de fevereiro, foi marcada por vaias. O atual presidente agitou os ânimos do Senado após a proclamação do hino nacional, momento em que alguns parlamentares aproveitaram o silêncio para se manifestarem contra seu governo, o chamado de "fascista" e "genocida".

Em resposta às vaias, Bolsonaro disse que se encontraria com os parlamentares em 2022, próximo ano de eleição presidencial, da qual pretende concorrer pelo seu segundo mandato. Ele também afirmou que apesar dos debates e ideias divergentes presentes no Congresso, "sempre respeitou qualquer autoridade que porventura estivesse presente". Após o discurso, o presidente recebeu gritos de apoiadores, que o chamaram de "mito".

Rodrigo Pacheco em defesa de Bolsonaro no Congresso

Imagem mostra o presidente jair bolsonaro acompanhado de rodrigo pacheco e arthur lira
(brasília - df, 03/02/2021) presidente da república, jair bolsonaro durante coletiva de imprensa.
foto: marcos corrêa/pr

O novo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pediu respeito aos parlamentares presentes no plenário após as vaias. "Não é simplesmente tolerar as divergências, é ter amor às divergências", afirmou Pacheco, que pretende "pacificar" o Congresso Legislativo nos próximos dois anos de mandato.

Acompanhado de Pacheco, Bolsonaro recebeu apoio do seu aliado Arthur Lira (PP-AL), eleito novo presidente da Câmara dos Deputados. O encontro dos três ocorreu no Palácio do Planalto, antes mesmo da sessão no Senado. Assim como Pacheco, Lira também foi apoiado pelo presidente durante a pré-candidatura da Câmara.

Discurso de Bolsonaro no Congresso

Em sua primeira aparição no Congresso em um ano, Bolsonaro discursou por pouco mais de cinco minutos. O principal foco de sua fala foi sobre a condução da pandemia do coronavírus no Brasil. Segundo ele, "o governo federal adotou as premissas básicas de salvar vidas e proteger empregos".

Bolsonaro falou também sobre a necessidade de "voltar à normalidade", a principal meta de seu governo para 2021. "O governo federal encontra-se preparado para executar o plano nacional de vacinação contra a Covid-19. Envidamos todos os esforços para volta do país à normalidade", disse ele.

Em meio a preocupação generalizada sobre o plano nacional de vacinação contra a Covid, Bolsonaro reafirmou que "o governo comprará todas as vacinas aprovadas pela Anvisa".

Listas de prioridade

Jair Bolsonaro já enviou sua "lista de prioridade" para Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, responsáveis pela condução das casas legislativas do Congresso, responsáveis por aprovar leis e emendas. Uma das pautas reforçadas por Bolsonaro é a flexibilização da posse e do porte de armas no Brasil.

Eleição na Câmara e no Senado

No dia 1º de fevereiro o Congresso Nacional decidiu seus novos representantes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Após uma longa votação, Arthur Lira foi eleito presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco presidente do Senado. Ambos receberam apoio de Bolsonaro e aliados do governo federal.

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