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Como denunciar quem fura fila da vacina? Veja passo a passo

A vacina CoronaVac já foi distribuída para diversos estados brasileiros, e até o momento cerca de oito deles abriram investigações de supostos casos de fura fila na campanha de imunização contra a Covid-19.

Desde que o plano nacional de vacinação começou em todo o país no último dia 18 de janeiro, casos de "fura fila" da vacina estão repercutindo na web. A maioria dos suspeitos são prefeitos, prestadores de serviço público, familiares de políticos entre outros grupos de prestígio.

Até agora oito estados estão investigando casos de fura fila nesta primeira fase de aplicação da vacina CoronaVac, entre eles Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Pará e Paraíba, segundo informações da CNN Brasil.  Uma dúvida comum que pode sugerir em milhares de brasileiros é como denunciar tais casos, que vão contra o Ministério Público Federal (MPF). 

Como denunciar quem fura fila da vacina?

A denúncia de quem fura a fila da vacina pode ser realizada de forma online e gratuita. Mas para isso, é preciso preencher um formulário no site do Ministério Público, este pode ser o Federal ou do respectivo estado. No formulário também  é possível anexar a reclamação em relato de texto e enviar mídias como documentos, vídeos e imagens para complementar a denúncia. Veja o passo a passo a seguir:

  • Acesse o site da Sala de Atendimento ao Cidadão;
  • Preencha o formulário com as informações pessoais de cadastro;
  • Na parte de Dados da Manifestação você irá descrever o ocorrido;
  • No item "Tipo de manifestação" selecione "Pedido de Informação Processual"
  • No fim da página você poderá selecionar as três opções; "Desejo manter meus dados pessoais em sigilo", "Desejo compartilhar minha localização atual" ou "Esta manifestação é vinculada a outra já cadastrada";
  • Clique no botão "Cadastrar";
  • Seu cadastro já será enviado para  MPF.

Nos sites dos Ministérios Públicos dos respectivos estados, procure a "Seção de Atendimento ao Cidadão". No caso de quem mora em São Paulo, o  atendimento presencial no MPF/SP pode ser realizado na SAC - Seção de Atendimento ao Cidadão da Procuradoria da República no Estado de São Paulo - Rua Frei Caneca, 1360 - Térreo - Consolação - São Paulo

  • O horário de atendimento é das 10h às 18h.
  • Telefones: (11) 3269-5781 (dentro do horário de atendimento).

O que acontece com quem fura a fila?

Para o Ministério Público, a existência de fura fila representa uma violação ética inaceitável e se enquadra em grave descumprimento da legislação, com "inevitáveis consequências nas esferas administrativa e penal" para os autores do ato.

Quem pode ser vacinado?

Vacinação contra a covid-19 começou ontem (17) no brasil (foto: reprodução instagram @governosp)

De acordo com o calendário do plano de vacinação divulgado pelo governo federal, existe uma ordem que respeita certas fases e grupos prioritários. A expectativa neste momento, é imunizar cerca de 14,8 milhões de pessoas, segundo afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Confira abaixo quem está na frente na fila de vacinação:

  • Pessoas com mais de 75 anos ou com mais de 60 anos em casas de repouso;
  • Povos tradicionais, indígenas e ribeirinhos;
  • Trabalhadores da saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros);
  • Trabalhadores de apoio na área de saúde (recepcionistas, seguranças, entre outros).

Suspeitos de furar a fila da vacina

Reginaldo Martins (PSD),  prefeito da cidade baiana de Candiba, foi uma das primeiras pessoas a tomar a vacina em todo o município. De acordo com informações da CNN Brasil, a cidade interiorana recebeu apenas 100 doses da CoronaVac, o respectivo para vacinar 50 pessoas, disse a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

Outro prefeito do nordeste está causando polêmica em relação a furar a fila. Júnior de Amintas (DEM),  prefeito do município de Itabi, em Sergipe, recebeu uma das 31 doses da vacina que foram destinadas para a região. Amintas, de apenas 46 anos, usou as redes sociais para justificar o ato.

Na nota de esclarecimento, Amintas afirmou que a ação foi para "representar um propósito nobre da saúde e da vida do povo. Ele também disse que caso sua intenção fosse maldosa, teria vacinado os pais, o filho e a esposa.

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Última modificação em 27/07/2022 15:45

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