Inflação tem alta de 0,83%, informa o IBGE

Taxa é a maior para um mês de maio desde 1996 e leva mais pressão sobre o Banco central na definição da Selic

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,83% em maio em relação abril, mês em que o indicador ficou em 0,31%, mostrando desaceleração em comparação a março. O IPCA de maio é o maior para o mês desde 1996, segundo o IBGE. O resultado veio acima da expectativa de boa parte dos analistas do mercado, de uma alta de 0,76%.  Com a alta de 0,83% do IPCA, a inflação acumulada em 12 meses subiu para 8,06%, bem acima do teto da meta fixada pelo Banco Central para 2021, de 5,25%. Também é a maior taxa para o acumulado em 12 meses desde setembro de 2016, quando ficou em 8,48%.  Em maio de 2020, o IPCA registrou queda de 0,38%.

A maior pressão sobre a inflação em maio veio do setor de Habitação, que registrou alta de 1,78%, especialmente por causa do aumento do custo da energia elétrica, que ficou 5,4% mais cara no mês. É preciso lembrar que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) voltou no mês de maio a acionar a bandeira vermelha levando a conta de luz dos consumidores a ter um adicional de R$ 4,168 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) de consumo.  Puxado pelo  aumento no preços dos combustíveis, o setor de Transportes subiu 1,15% e ajudou a inflar o resultado do custo de vida em maio. Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,44%. Artigos de residência subiram 1,25%.

Inflação de maio eleva pressão sobre Banco Central

O resultado de maio do IPCA aumenta a pressão sobre o Banco Central quanto à decisão da nova taxa básica de juros, a Selic. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa. Os juros são uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para manter a inflação dentro da meta do governo. Nas duas últimas reuniões, o Copom levou a taxa em 0,75 ponto porcentual. Com base na ata do Copom referente à última reunião, o Banco Central deu sinais de que um novo aumento dessa magnitude seria a hipótese mais provável para a Selic em junho. O aumento da inflação de maio, no entanto, começa a lançar dúvidas em relação ao tamanho da alta.

IPCA: entenda o principal índice que mede a inflação brasileira

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