Coronavírus não será a última pandemia, diz OMS
A OMS disse que as tentativas de melhorar a saúde humana estão “condenadas” sem combater as mudanças climáticas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o coronavírus não será a última pandemia.
A advertência foi feita no último sábado (26) pelo chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu.
Neste domingo (27), em uma mensagem de vídeo marcando o primeiro Dia Internacional de Preparação para Epidemias, Tedros disse que todos os países devem investir em capacidades de preparação para prevenir, detectar e mitigar emergências de todos os tipos. Afinal, "a história nos diz que esta não será a última pandemia, e as epidemias são um fato da vida”.
Assim, “uma atenção primária forte é especialmente importante como a base da cobertura universal de saúde”, disse ele. Bem como acrescentou que a “verdadeira preparação” requer uma “abordagem de todo o governo e toda a sociedade”.
Coronavírus não será a última pandemia
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, existem atualmente 80.182.793 infecções por coronavírus com 1.755.141 mortes em todo o mundo.
A Assembleia Geral das Nações Unidas convocou uma data para marcar um dia de preparação para epidemias. A data é importante para promover a importância da prevenção e parceria na superação de epidemias.
"Por muito tempo, o mundo operou em um ciclo de pânico e abandono. Jogamos dinheiro em um surto e, quando ele acaba, esquecemos e não fazemos nada para impedir o próximo", disse Tedros.
Além disso, ele acrescentou que os mecanismos atuais são "perigosamente míopes e francamente difíceis de entender".
Tedros também disse que a pandemia "destacou a ligação íntima entre a saúde dos humanos, dos animais e do planeta". Assim, alertou que as mudanças climáticas estão tornando a Terra menos habitável.
De acordo com Tedros, “todos os esforços para melhorar a saúde humana estão condenados”, sem lutar contra a mudança climática.
Poucos meses antes do surgimento do coronavírus, o Global Preparedness Monitoring Board publicou seu primeiro relatório anual sobre a prontidão mundial para emergências de saúde e disse que o mundo não estava preparado para pandemias potencialmente devastadoras.