Ibovespa opera em leve baixa após dia turbulento no mercado externo

Investidores foram surpreendidos com fala de diretores do Fed de possível redução no ritmo de recompra de títulos

Depois de um dia de turbulência no mercado externo , com forte aversão ao risco após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), o Ibovespa abre o pregão desta quinta-feira, 20, pegando rescaldo dos acontecimentos na véspera,  Em dia de ressaca, o mercado externo começa o dia mais contido, com as bolsas de Hong Kong e da Coreia do Sul em queda de 0,5% e 0,34%, respectivamente, depois de fechadas na véspera por conta de feriado. O índice Nikkei, a principal bolsa do Japão, registrou uma alta de 0,19%. Por fim, o Shangai composto, da China, teve recuo de 0,11%. As bolsas americanas também estão contidas nesta manhã, sem volatilidade.

A turbulência foi gerada após diretores do Fed surpreenderem o mercado ao afirmarem que os estímulos monetários do governo de Joe Biden podem começar a ser retirados, com a redução no ritmo de recompra de ativos.  Com isso, ampliaria a liquidez na economia americana com reflexos no mercado global. A fala dos diretores, no entanto, pegou o mercado financeiro de surpresa e acabou por assustar investidores. Hoje, o mercado deve repercutir o resultado dos pedidos de seguro-desemprego semanal no mercado americano divulgado nesta manhã, que ficou em 444.000, abaixo das estimativas.

Na Europa, apesar da preocupação com inflação e redução da compra de ativos pelo banco central americano, as bolsas reagem positivamente. O Eurostoxx, índice que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, sobe 0,17%. Puxando essa subida na Europa, estão principalmente as ações do setor de tecnologia, que registram um crescimento médio de 1,2% no pregão, ajudando a reduzir quaisquer perdas.

Às 10h40 (horário de Brasília), o Ibovespa operava  em queda de 0,23%, aos 122.357,54 pontos.

Ibovespa hoje, 20 de maio de 2021

Já no Brasil, o mercado acompanha a continuidade do depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A depender do depoimento de ontem, não deverá haver grandes impactos nos ativos. Ontem, o depoimento de Pazuello veio em linha com o que o mercado esperava, que era de proteger o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), reduzindo, portanto, a percepção do mercado de risco para o governo.

Já na madrugada a Câmara aprovou com ampla maioria a Medida Provisória (MP) que permitirá a capitalização da Eletrobras que reduzirá a participação do governo na companhia dos atuais 61% para 45%, por meio da oferta de novas ações. A MP segue agora para avaliação do Senado, que tem até junho para aprovar ou vetar.

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