Empresa-fantasma some com 1438 Ethereum de clientes

A DeTrade Fund usou técnicas da Inteligência Artificial para atrair investidores divulgando um rosto falso de CEO

Investidores da DeTrade Fund (DTF), empresa que se anunciou como um fundo de criptomoeda com objetivo de se tornar líder do mercado, se veem agora em apuros desesperadas tentando encontrar o CEO, Mark Jensen, depois que a empresa simplesmente desapareceu após arrecadar 1438 ETH em dezembro passado (cerca de 19,5 milhões na cotação atual).

O maior problema em encontrar o CEO, no entanto, é que ele simplesmente não existe e tudo indica que se tratava de um rosto criado por inteligência artificial (IA). Na verdade, alguém utilizando a tecnologia de deep fake, que inclui um rosto falso usando técnicas da Inteligência Artificial . Isso é possível com a ajuda de um aplicativo ou colaboração de um profissional como Bruno Sartori, que se popularizou nas redes sociais com seu trabalho chamando muita atenção pela qualidade.

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O rosto de um ceo falso, mark jensen (foto), ajudou os criminosos a atuar no mercado e adquirir a confiança de investidores

A  empresa que atraiu centenas desses investidores utilizou a tecnologia para adquirir a confiança dos usuários. Construiu a identidade falsa do CEO Mark Jensen, registrou um negócio com a Companies House e organizou comunicados à imprensa em várias plataformas. Sempre com Jensen à frente delas.

A oferta da empresa consistia em fornecer aos usuários acesso aos seus bots de arbitragem, desde que fossem adquiridos os token DTF da empresa. Em uma oferta privada, os tokens foram vendidos pelos 1438 ETH. 

O “negócio” desandou de vez depois que um usuário do Twitter (@DefiZeus) notou que o vídeo de Jensen tinha algumas falhas nas feições e no tempo entre a imagem e o áudio. “Olhe para o vídeo do ‘CEO’ da DeTrade Fund (...) o áudio está um pouco atrasado por causa da gravação da tela, mas você pode dizer que o vídeo está com falhas e ele é uma IA. Isso precisa ser compartilhado com todos para que possamos ser mais cuidadosos no futuro”. 

O questionamento foi feito no dia 11 de dezembro e, no dia seguinte, a empresa sumiu do mapa com o equivalente, à época, a pouco mais de R$ 17 milhões. Segundo um especialista em Inteligência Artificial consultado pela Rekt News, Mark Jensen se tratava realmente de um rosto falso, produto de alguém utilizando a tecnologia de troca de rostos, já que apenas poucas empresas no mundo possuem tecnologias capazes de criar uma pessoa “do zero”.

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