Mercado Bitcoin pode estar a caminho da B3
Exchange brasileira já teria contratado os bancos J.P. Morgan, BTG Pactual, XP Investimentos e Itaú BBA para seu IPO
Mercado Bitcoin, exchange brasileira de criptomoeda se prepara para o seu IPO, a exemplo do que fará a Coinbase na Nasdaq
A Mercado Bitcoin, exchange brasileira de criptomoedas considerada a maior da América Latina, se prepara para estrear na B3, a exemplo do que fará a Coinbase na Nasdaq, na quarta-feira, 14, na Nasdaq.
Informações da Pipeline apontam que a Mercado Bitcoin já contratou os bancos J.P. Morgan, BTG Pactual, XP Investimentos e Itaú BBA para lançamento do seu IPO (Oferta Pública Inicial, na tradução da sigla em inglês).
O valuation inicial deve ser feito na ordem de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões, de acordo com ritmo de crescimento neste início de ano. Os valores, no entanto, ainda deverão ser avaliados, com uma fonte informando ao Pipeline que a listagem da Coinbase será um importante parâmetro.
A comparação, entretanto, se dá pelo fato de a Coinbase se tornar a primeira exchange listada na bolsa de valores brasileira, já que a plataforma americana, com 50 milhões de clientes, é cerca de 20 vezes maior em número de clientes do que a B3, que possui aproximadamente 2,5 milhões.
Além disso, a operação da Coinbase segue o caminho trilhado por outras empresas de tecnologia, como o Spotify e Palantir, em um modelo em que não há contratação de bancos para apresentação do negócio no mercado e testagem de preços. Ao invés disso, a empresa estreia na bolsa com as ações detidas pelos fundos, sócios e funcionários, definindo um volume de ações a ser vendido na estreia.
Analistas estimam um valor entre US$ 19 bilhões a US$ 230 bilhões para a listagem da Coinbase e a expectativa para o lançamento na Nasdaq é grande para todo o mercado de criptomoedas. Procurada pelo DCI a empresa não quis se pronunciar.
Mercado Bitcoin
Fundada em 2013 pelos irmãos Gustavo e Maurício Chamati, a Mercado Bitcoin negociou R$ 6,4 bilhões em ativos digitais no ano passado. Só no início de 2021, dobrou o volume do exercício, não apenas pela grande valorização do Bitcoin, mas também por um aumento significativo nas transações feitas com diversas criptomoedas na plataforma.
Em janeiro deste ano, a plataforma recebeu uma rodada para investimento de R$ 200 milhões de gestoras como GP Investments, Parallax Ventures e Banco Plural.